Seguro aconselha "prudência" com gastos de 5% do PIB na área da Defesa

O candidato à Presidência da República António José Seguro aconselhou hoje "prudência" face aos 5% do Produto Interno Bruto (PIB) assumido por Portugal na NATO para gastos em Defesa, sublinhando que "o país também tem outras necessidades".

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Lusa
28/06/2025 20:40 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Presidenciais

"Eu aconselhava prudência. Primeiro é necessário ver se nós, com o mesmo nível de despesa, conseguimos fazer aquilo que nos propomos no âmbito da NATO ou da União Europeia e só depois passarmos para a situação seguinte, que é gastar mais", afirmou António José Seguro aos jornalistas, em Guimarães, distrito de Braga, após um encontro com algumas dezenas de jovens num jardim da cidade.

 

Na quarta-feira, em Haia (Países Baixos), os 32 países da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) acordaram um aumento do investimento de 5% do PIB na área da defesa até 2035, com uma revisão dos objetivos em 2029.

"É essencial que antes de se gastar mais, se gaste melhor. E sobretudo, [que] se faça isso no seio da União Europeia e que se crie autonomia, designadamente ao nível tecnológico e estratégico na própria União Europeia. Nós precisamos de um bom sistema científico europeu, com benefícios nas áreas da defesa e da segurança, mas também com benefícios nas áreas da economia, da saúde ou do ambiente", defendeu António José Seguro.

Segundo o candidato presidencial, "o nível de gastos tem de ser em consonância com os recursos e as necessidades" do país.

Cinco por cento do nosso PIB é muito dinheiro

"O país não tem só necessidades nas áreas da defesa e da segurança. Também tem necessidades nas áreas da habitação, da saúde, da economia, tem de haver aqui um equilíbrio. Eu desconfio sempre muito quando se vai a correr de um momento para o outro para estas áreas da defesa e com um volume de recursos e de dinheiro muito elevado. Cinco por cento do nosso PIB é muito dinheiro", frisou.

Na quinta-feira, no final da cimeira da NATO, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, comprometeu-se a atingir os 2% do PIB em defesa até ao final deste ano - o que, segundo as contas do Governo, obrigará a um reforço de investimento de cerca de mil milhões de euros.

Além desta meta, a cimeira da NATO acordou que os aliados devem investir 5% do PIB em despesas relacionadas com defesa, dos quais 3,5% em gastos militares tradicionais (Forças Armadas, equipamento e treino) e 1,5% adicionais em investimentos como infraestruturas e indústria até 2035, com uma revisão intercalar em 2029.

No dia seguinte, os líderes da União Europeia, reunidos em Bruxelas, comprometeram-se a financiar adequadamente o aumento dos gastos com defesa, coordenando tal investimento para o fazer "melhor em conjunto", dada a nova meta da NATO acordada no dia anterior.

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