"Ativistas detidos por Israel são exemplos. Governos deviam segui-lo"

Veleiro, que se dirigia para a Faixa de Gaza transportando ajuda humanitária e 12 ativistas pró-palestinianos a bordo, chegou hoje a um porto em Israel, após ter sido apresado por militares israelitas,

Catarina Martins

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Notícias ao Minuto com Lusa
09/06/2025 23:01 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

BE

Catarina Martins, eurodeputada do Bloco de Esquerda (BE), considerou, esta segunda-feira, que os ativistas que seguiam num navio humanitário com destino à Faixa de Gaza e foram detidos por Israel "são um exemplo". 

 

"Os ativistas que hoje foram detidos ilegalmente por Israel são um exemplo. Os governos de todo o mundo deviam segui-lo, em vez de optarem pelo silêncio cúmplice com o genocídio. Palestina Livre", escreveu a antiga coordenadora do BE numa publicação divulgada na rede X (antigo Twitter).

Num vídeo que acompanha a publicação, a bloquista reforçou esta ideia, criticando os governos que "nem sequer se levantam para defender estes ativistas". 

Recorde-se que o veleiro, que se dirigia para a Faixa de Gaza transportando ajuda humanitária e 12 ativistas pró-palestinianos a bordo, chegou hoje a um porto em Israel, após ter sido apresado por militares israelitas, no âmbito do bloqueio de longa data que impuseram ao território palestiniano.

Navio onde Greta Thunberg seguia já chegou a Israel. Ativistas detidos

Navio onde Greta Thunberg seguia já chegou a Israel. Ativistas detidos

O veleiro atracou em Israel às 20h45 locais, 16h45 em Lisboa. Ativistas dizem que comida que levavam a bordo foi "confiscada". Telavive já disse que estão em curso os processos para que ativistas regressem ao seu país de origem.

Notícias ao Minuto | 19:15 - 09/06/2025

Escoltado por dois navios da Marinha israelita, o veleiro chegou ao porto de Ashdod ao anoitecer, por volta das 20h45 locais (18h45 de Lisboa), segundo a agência de notícias francesa, AFP.

Anteriormente, a organização Flotilha da Liberdade, que organizou a viagem, tinha instado a pressão da comunidade internacional para confrontar Israel com a sua abordagem ao veleiro humanitário Madleen e detenção da tripulação de 12 pessoas, entre as quais a eurodeputada Rima Hassan e a ativista climática sueca Greta Thunberg.

Desde a apreensão do navio pelas autoridades israelitas até à chegada ao porto de Ashdod, o grupo pró-palestiniano emitiu um comunicado indicando: "Já passaram 15 horas desde que vimos ou ouvimos falar dos nossos amigos e colegas. Não nos foi permitido qualquer contacto".

O Madleen transportava seis voluntários franceses, um neerlandês, um turco, uma sueca, um brasileiro, uma alemã e um espanhol, e a Coligação Flotilha da Liberdade afirmou que os ativistas tinham sido "sequestrados pelas forças israelitas" quando tentavam entregar ajuda ao território.

"A embarcação foi abordada ilegalmente, a sua tripulação civil desarmada foi sequestrada e a sua carga vital --- incluindo leite para crianças, alimentos e material médico --- foi confiscada", afirmou a organização.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel indicou que a veleiro foi apreendido em águas internacionais, a cerca de 200 quilómetros da Faixa de Gaza, e descreveu a viagem como um golpe de relações públicas, escrevendo na rede social X: "O iate das 'selfies' das 'celebridades' está a caminho, em segurança, da costa de Israel".

O Governo israelita indicou ainda que os ativistas regressarão aos seus países de origem e a ajuda será enviada para a Faixa de Gaza através dos canais estabelecidos.

O Madleen procurava furar o bloqueio imposto por Israel a Gaza desde 02 de março, antes de os militares israelitas quebrarem o cessar-fogo em vigor com o movimento islamita palestiniano Hamas.

Desde então, Israel intensificou as suas operações no território, cuja população se encontra na totalidade, segundo a ONU, "sob o risco de morrer de fome".

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque liderado pelo Hamas a 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

Em retaliação, Israel lançou, horas depois, uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, que já fez quase 55 mil mortos, segundo números das autoridades locais que a ONU considera fidedignos, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Metsola em contacto com Israel para segurança de eurodeputada no navio

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