O ex-líder do CDS Francisco Rodrigues dos Santos apoia a candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República por considerar que almirante "não é contra o sistema", mas pode mudá-lo "sem destruir".
"Tem um caráter que considero bastante útil e que permite explorar o material de descontentamento que existe na sociedade. Não ter uma proveniência partidária atribui-lhe uma independência acima dos partidos políticos, longe das pressões que exercem sobre Belém e com todo o rigor e equidistância face ao jogo partidário", justificou Francisco Rodrigues dos Santos.
Para o antigo presidente do CDS, a candidatura de Gouveia e Melo nasceu do "impulso individual" e da disponibilidade para servir "Portugal através da figura do chefe de Estado".
"O almirante Gouveia e Melo demonstrou a convicção de aportar valor e ser uma pessoa com caráter reformista e a competência necessária para restaurar a confiança no nosso sistema político e no regular funcionamento das instituições", acrescentou o ex-líder do CDS.
Gouveia e Melo revelou que a decisão sobre uma candidatura a Belém foi tomada em definitivo em setembro de 2024, altura em que ainda chefiava a Armada, e que a "possibilidade muito forte" de uma vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas o motivaram.
O antigo chefe do Estado-Maior da Armada defendeu que Portugal deve investir 2 a 2,5% do PIB em despesas militares mas considerou difícil que tal aconteça antes de 2029.
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