Câmaras do Barreiro e Seixal contra a privatização da EGF
As Câmaras do Barreiro e do Seixal reafirmaram hoje as críticas à privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), considerando que é uma "péssima notícia" para o serviço público de resíduos.
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Política Autarquia
"Esta notícia é, independentemente do vencedor do concurso, uma péssima notícia para o país. Péssima por tudo aquilo que a EGF representa do ponto de vista económico e da prossecução do serviço público de resíduos. Esta operação financeira não representa o interesse público, nem económico do país", disse Sofia Martins, vice-presidente da Câmara do Barreiro.
O consórcio SUMA, liderado pela Mota-Engil, venceu o concurso para a privatização de 95% do capital da EGF, a sub-holding do grupo Águas de Portugal.
Sofia Martins lembra que a Amarsul, empresa responsável pelo tratamento do lixo na Margem Sul do Tejo, é uma empresa pública "viável e financeiramente estável", com uma das tarifas mais baixas do país.
"A sua privatização representa, a par do estabelecimento do caminho para o aumento de tarifas, uma total desresponsabilização do Estado na prestação de um serviço público essencial ao país", considerou.
A Amarsul foi constituída em 1997, tendo-lhe sido atribuída a concessão de exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Margem Sul do Tejo, por um período de 25 anos.
O capital social da Amarsul pertence em 51% à Empresa Geral do Fomento (EGF) e em 49% aos municípios de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.
A autarquia do Seixal, liderada por Joaquim Santos (PCP), também criticou a decisão do governo, lembrando que existem ações judiciais colocadas pelos municípios da região de Setúbal contra este processo.
"A Câmara Municipal do Seixal reitera a sua determinação de tudo fazer, no plano judicial e político, para impedir a concretização da privatização anunciada, na defesa dos nossos munícipes e do serviço público de gestão de resíduos", refere em comunicado.
AYL // ZO
Noticias Ao Minuto/Lusa
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