Em declarações aos jornalistas à margem da tradicional arruada em Moscavide, no concelho de Loures, distrito de Lisboa, Pedro Nuno Santos escusou-se a comentar diretamente a manchete do Expresso, de que o Presidente da República está disposto a adiar a nomeação do primeiro-ministro para dar tempo aos partidos para que negoceiem um Governo que passe no parlamento.
O secretário-geral do PS deixou um apelo direto aos portugueses "para não falharem o voto no dia 18 de maio".
"Quem não quiser acordar com um Governo da AD com a IL tem mesmo de ir votar e dirijo-me aos eleitores à esquerda e aos eleitores de centro que não querem um Governo radical que vai desmantelar o nosso estado social. Têm mesmo que votar no PS e não devem dispersar o voto", pediu.
O líder do PS assegurou que "a partir do parlamento que sair das eleições" vai "procurar as condições para governar durante quatro anos".
"O PS já o fez várias vezes. Já conseguimos mais do que uma vez ter um Governo a durar quatro anos. Em democracia a negociação faz parte de todos os processos democráticos. Nós somos capazes de garantir estabilidade e a totalidade de uma legislatura mesmo quando não é maioria absoluta, enfatizou, considerando que "quem nunca conseguiu foi o PSD".
Perante a insistência dos jornalistas quanto à manchete do Expresso, Pedro Nuno Santos defendeu que em "democracia a negociação faz parte de todos os processos democráticos".
"Nós somos capazes de garantir estabilidade e a totalidade de uma legislatura mesmo quando não é maioria absoluta. Quem nunca conseguiu foi o PSD. Até domingo temos que ter o melhor resultado possível", enfatizou.
Para o líder do PS, é um "exercício extemporâneo antecipar cenários" de governabilidade que não consegue prever.
Nesta arruada juntaram-se a Pedro Nuno Santos, a cabeça de lista do PS nas europeias, a eurodeputada Marta Temido, Mariana Vieira da Silva, cabeça de lista por Lisboa, o presidente da Câmara da Loures e antigo líder da FAUL Lisboa, Ricardo Leão, bem como Carla Tavares, eurodeputada e atual presidente da FAUL.
Já no final da arruada, onde, como habitualmente,o líder socialista distribuiu cumprimentos, tirou fotografias com mais novos e mis velhos, ofereceu rosas e ouviu palavras de incentivo como "boa sorte" e "tem de ganhar", subiu a um pequeno palco e pegou num megafone para voltar a fazer um apelo ao voto do eleitorado à esquerda e ao centro e à mobilização para domingo.
"Há um eleitorado também ao centro, algum dele tem votado na AD e está envergonhado com o comportamento do ainda primeiro-ministro", referiu, apelando a que "não premeie quem atirou o país para eleições porque se sentiu apertado, que não premeie quem mistura negócios com política, quem ache normal que um governante continue a receber dinheiro enquanto em funções".
E concluiu: - "Apelo a essa eleitorado para não falhar no dia 18 e para termos uma vitória que permita iniciar uma mudança segura mas com estabilidade em Portugal, a defender as pessoas".
Antes de seguir para Lisboa, para o tradicional almoço da Trindade e descida do Chiado, Pedro Nuno Santos acompanhado de alguns elementos da comitiva sentou-se durante alguns momentos na esplanada de um café local.
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