BE avisa que mais velhos "não são bolas de arremesso nas campanhas"

A coordenadora nacional do BE visitou hoje uma universidade sénior, no concelho do Seixal, distrito de Setúbal, para alertar que os mais velhos "não são bolas de arremesso nas campanhas" e devem ser respeitados.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
13/05/2025 12:33 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Bloco de Esquerda

O 'Hino dos Mineiros' ouviu-se alto e bom som vindo da sala onde decorreu esta manhã a aula de 'Melodia e Vozes' da 'Unisseixal', universidade sénior. Lá dentro, a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, e a cabeça-de-lista por Setúbal, Joana Mortágua, juntaram-se ao coro de vozes, rodeadas de seniores.

 

"Eu não estraguei, que cantei baixinho", brincou Mariana Mortágua, no final do momento musical.

Esta é apenas uma das 170 turmas desta universidade sénior no Seixal, num total de 1.200 alunos, a sua maioria na faixa etária dos 70 anos.

Há aulas para todos os gostos: desde pintura, informática, línguas, música e até de Inteligência Artificial.

"Estamos a aprender sobre as futuras guerras que hão de vir por causa do Ártico. Não é por acaso que os Estados Unidos da América querem o Ártico e a Gronelândia", adiantou o professor da aula de Inteligência Artificial.

O tema captou a atenção da líder bloquista, que aproveitou o momento para deixar críticas a Donald Trump e aos oligarcas que o BE pretende taxar através das plataformas digitais.

"Viemos aqui à universidade sénior para mostrar que os mais velhos não são apenas bolas de arremesso nas campanhas. Não são apenas quem recebe as pensões, mas são parte da nossa sociedade, da nossa democracia e devem ser considerados como tal. Devemos ouvi-los, têm experiências para nos contar", salientou a coordenadora bloquista.

Pedindo uma "sociedade de solidariedade" e não "de egoísmo", Mortágua voltou a apelar a um "encontro de gerações" nesta campanha eleitoral, que junte quem fez e viveu o 25 de Abril de 1974 e os mais jovens, que se confrontam com o crescimento da extrema-direita.

Depois de deixar críticas à social-democrata Ana Paula Martins e acusar a AD - coligação PSD/CDS-PP de querer privatizar o SNS, a líder do BE alertou para a necessidade de existirem cuidados adequados também para os mais idosos.

"Portugal falhou nessa parte do Estado Social. Falhou, não construiu. E é por isso que temos que falar tanto sobre o aumento das pensões, mas também sobre construir um Serviço Nacional de Cuidados para que toda a gente na sua casa, na sua autonomia, com os seus amigos, possa ter as respostas de que precisa", frisou.

No programa eleitoral do BE, o partido propõe a criação de um Serviço Nacional de Cuidados, "estruturado numa rede de estabelecimentos e serviços de acesso gratuito e universal, em todo o território nacional".

Este serviço deverá englobar uma rede pública de creches, de centros de dia, estruturas residenciais para pessoas idosas, centros comunitários, centros de atividades ocupacionais, unidades de cuidados continuados e equipas de cuidados paliativos -- tudo isto recorrendo a edificado abandonado do Estado em "zonas de maior carência de resposta".

Antes do ponto de agenda seguinte, já numa faculdade em Lisboa, Mariana Mortágua confessou ter vontade de ter aulas naquela universidade, mas deixou antes a proposta de regressar para dar uma aula sobre economia, disciplina que leciona.

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