PCP critica Estado: "Alinha na hipocrisia" da UE na Palestina

O secretário-geral do PCP criticou hoje o Estado português por "alinha na hipocrisia" da União Europeia, em vez de condenar a ocupação de Israel na Faixa de Gaza, onde um milhão de crianças estão privadas de água e comida.

Notícia

© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
05/05/2025 18:39 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

PCP

"Portugal tem de pegar em todos os seus instrumentos diplomáticos e, em vez de alinhar na hipocrisia da União Europeia, é condenar esta hipocrisia, denunciar esta hipocrisia, denunciar este arrastamento desta situação", afirmou Paulo Raimundo, que marcou presença numa ação de solidariedade com as crianças da Palestina, no Rossio, em Lisboa, organizada pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente.

 

No chão do Rossio, estava uma extensa lista com os nomes de duas mil crianças mortas pelas forças israelitas com menos de quatro anos de idade, lendo-se que em cada 100, duas estão mortas, outras duas desaparecidas e cinco ficaram órfãs ou separadas dos seus pais.

"Nós não nos vamos calar perante o genocídio que está em curso. Nós estamos perante uma situação onde estão um milhão de crianças privadas de água, privadas de comida, privadas de medicamentos, privadas de ajuda humanitária", disse Paulo Raimundo.

O líder do PCP afirmou que a "hipocrisia é muita" e há "sempre dois pesos e duas medidas".

"Parece que as crianças da Palestina são diferentes das crianças de todo o resto do mundo. Não pode ser. [...] Até me custa falar nisto. Cada um que pense nos seus filhos, nos seus netos, para perceber o que é que está a acontecer neste momento", disse.

Para Paulo Raimundo, as imagens que chegam da Faixa de Gaza "são aterradoras", acusando a União Europeia de hipocrisia e cinismo e de haver em Portugal vários "cúmplices desta situação".

"Há uma obrigação do Estado português, que é reconhecer o Estado da Palestina. Não resolve tudo, mas era um sinal de grande importância do ponto de vista político", defendeu, considerando que Portugal juntava-se assim a "muitos outros Estados que já o fizeram".

Cada passo "que é dado nesse sentido limita o espaço de Israel", afirmou.

"É isto que é fazer. Não fazer nada disto é ser cúmplice com esses números", vincou Paulo Raimundo.

Leia Também: Raimundo agradece resistência do Couço na ditadura mas "luta não acabou"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas