Estrangeiros? Livre acusa Governo de submissão às propostas do Chega

O Livre lamentou a posição do Governos nos últimos dias, ainda antes de ser conhecida esta decisão, "de irredutibilidade nesta matéria, em claro atropelo quer do processo legislativo normal quer do Estado de Direito".

Rui Tavares

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Lusa
08/08/2025 20:26 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Lei dos Estrangeiros

O Livre acusou hoje o Governo de estar submisso às "propostas inaceitáveis da extrema-direita" por, ainda antes do chumbo do Tribunal Constitucional, continuar irredutível e em "claro atropelo" do Estado de direito em relação à lei dos estrangeiros.

 

"Desde o primeiro momento que o Livre considerou que o diploma proposto pelo Governo e, posteriormente, a versão que a maioria de Direita aprovou no Parlamento, continha sérios problemas de inconstitucionalidade, agora confirmadas", referiu o partido de Rui Tavares em comunicado, numa reação ao chumbo de cinco normas da lei dos estrangeiros pelo Tribunal Constitucional.

O Livre lamentou a posição do Governos nos últimos dias, ainda antes de ser conhecida esta decisão, "de irredutibilidade nesta matéria, em claro atropelo quer do processo legislativo normal quer do Estado de Direito e que reforça o estigma em relação às pessoas imigrantes em Portugal".

"É uma posição que, uma vez mais, traduz a submissão deste executivo àquilo que são as propostas inaceitáveis da extrema-direita", sustentou.

O partido de Rui Tavares prometeu continuar a defender para os imigrantes que vivem em Portugal "aquilo que defende para todos os portugueses dentro e fora de fronteiras", ou seja, "uma vida digna, uma oportunidade justa e um futuro em comunidade".

Segundo o Livre, a lei agora vetada pelo Presidente da República "discrimina pessoas em função do seu rendimento/setor de atividade, põe em causa o direito das famílias a estarem juntas e restringe os direitos das pessoas na sua relação com o Estado português".

O Presidente da República vetou hoje o decreto do parlamento que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, depois de o Tribunal Constitucional ter anunciado a inconstitucionalidade de cinco normas.

Esta decisão de Marcelo Rebelo de Sousa foi conhecida minutos depois de os juízes do Palácio Ratton terem anunciado o chumbo de cinco normas do decreto do parlamento que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional.

A decisão do TC surge na sequência de um pedido do Presidente da República de fiscalização preventiva da constitucionalidade de sete normas deste decreto em 24 de julho.

O decreto foi aprovado em 16 de julho na Assembleia da República, com os votos favoráveis de PSD, Chega e CDS-PP, abstenção da IL e votos contra de PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP.

O diploma foi criticado por quase todos os partidos, com exceção de PSD, Chega e CDS-PP, com vários a considerarem-no inconstitucional e a criticarem a forma como o processo legislativo decorreu, sem ouvir associações de imigrantes ou constitucionalistas e com a ausência de pareces obrigatórios.

No requerimento enviado por Marcelo Rebelo de Sousa ao TC, o Presidente da República pediu a fiscalização preventiva da constitucionalidade das normas sobre direito ao reagrupamento familiar e condições para o seu exercício, sobre o prazo para apreciação de pedidos pela Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) e o direito de recurso.

Leia Também: TC trava Lei de Estrangeiros. Cinco normas declaradas inconstitucionais

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