BE exorta PS a repensar aliança com Direita sobre regras orçamentais

A cabeça de lista do BE às europeias exortou hoje os socialistas a repensar "a aliança" com direita e liberais sobre as novas regras orçamentais da União Europeia, afirmando que o PS "só tem queixas de si próprio".

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Lusa
03/06/2024 20:36 ‧ 03/06/2024 por Lusa

Política

Europeias

"O PS só tem queixas de si próprio. Foi um erro, é um erro, um pacote de governação económica que diz que o nosso país não tem liberdade para investir na saúde, na habitação, na educação, que a Comissão Europeia é que vai decidir como é que podemos gastar o dinheiro que é nosso", criticou Catarina Martins.

Numa ação de campanha na Feira do Livro de Lisboa, a bloquista foi questionada sobre as críticas da eurodeputada socialista Margarida Marques, que no domingo, em Viseu, acusou Catarina Martins de "branquear um Governo de direita".

"Quando ouvimos Catarina Martins dizer que com estas regras, com este Pacto de Estabilidade e crescimento o Governo não pode criar creches, recrutar enfermeiros, recrutar médicos, não é verdade. O que Catarina Martins está a fazer é branqueamento de um Governo da direita", acusou.

Hoje, Catarina Martins aconselhou Margarida Marques a repensar "a aliança" com direita e liberais no Parlamento Europeu sobre estas regras e salientou que alguns eurodeputados da família política europeia socialista "recusaram votar o que Margarida Marques negociou".

"Julgo que Margarida Marques devia pensar um bocadinho se fez sentido esta aliança vasta com a direita e liberais. Eu diria que não, e estou, estarei aliás, com os tantos deputados socialistas europeus que se recusaram a votar aquela proposta por saberem que ela era má", defendeu.

Catarina Martins respondeu ainda a outras críticas, desta vez do cabeça de lista da CDU (coligação que junta PCP e Partido Ecologista "Os Verdes"), que considerou no domingo que "faltou força nas pernas" ao BE na defesa dos trabalhadores em Estrasburgo, ao aprovar uma diretiva sobre salários mínimos que foi "logo aplaudida pelas confederações patronais".

"Nas questões do trabalho temos tido mais convergências do que divergências. É certo que o PCP tem muito a posição de que a nível europeu não se pode fazer nada. Nós achamos que tem sido possível a nível europeu ter conquistas", afirmou, dando como exemplo o fim de "estágios não remunerados" ou contratos de trabalho para profissionais das plataformas".

Catarina Martins considerou que o BE "esteve bem quando não desistiu em nenhum campo de lutar pelos direitos do trabalho".

A bloquista visitou hoje algumas bancas da Feira do Livro de Lisboa, local onde distribuiu panfletos, acompanhada por uma comitiva que incluiu a coordenadora, Mariana Mortágua, e o antigo líder bloquista Francisco Louçã.

Catarina Martins recusou recomendar livros a outros candidatos nas eleições europeias e comprou três livros: "Catarina e a Beleza de Matar Fascistas", de Tiago Rodrigues, "A cidade democrática", de Ana Drago, antiga deputada do BE, e ainda "Um dia na vida de Abed Salama", de Nathan Thrall, história que tem como pano de fundo o conflito israelo-palestiniano. 

Em Portugal, as eleições europeias, nas quais serão eleitos 21 dos 720 eurodeputados, realizam-se a 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

Leia Também: Eurodeputada do PS acusa Bugalho de mentir sobre autoria de fundo europeu

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