Madeira. Direita com maioria dos mandatos, PS e JPP com 20 deputados
A direita parlamentar conseguiu hoje a maioria dos 47 mandatos da Assembleia Legislativa da Madeira, numas eleições em que PS, JPP e PAN garantiram 21 lugares, segundo dados oficiais provisórios.
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Política Madeira
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos, seguindo-se o JPP, com nove, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.
Assim, PSD, Chega, CDS-PP e IL terão 26 deputados no parlamento madeirense. O total poderá subir para 27 parlamentares, caso se junte a deputada eleita pelo PAN, Mónica Freitas, que na anterior legislatura fez um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas.
O PS e o JPP juntos têm 20 deputados, ficando a quatro da maioria dos assentos do parlamento madeirense.
Numa reação no domingo à noite, o social-democrata Miguel Albuquerque disse estar disponível para governar com "todos os partidos".
Contudo, o também presidente demissionário do Governo Regional e líder do PSD/Madeira, que falava no Funchal, ainda antes da divulgação dos resultados oficiais finais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, não mencionou nenhuma força política em concreto, admitindo governar em minoria, negociar um acordo de governo ou parlamentar.
Já o líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, considerou que os resultados eleitorais evidenciam que é possível uma mudança de governo na região, dizendo estar disponível a dialogar para construir uma alternativa, excluindo dessas conversas PSD e Chega.
"Fora da equação" para o JPP está também o PSD e Miguel Albuquerque, conforme assegurou o cabeça de lista do partido, Élvio Sousa, que remeteu quaisquer outras conversas para segunda-feira.
Um Governo Regional sem Miguel Albuquerque é também uma das condições impostas pelo Chega para apoiar o executivo social-democrata. Se o presidente do PSD/Madeira ficar terá de "ter a coragem" para governar sem maioria, disse no domingo o líder regional do Chega, Miguel Castro.
O CDS-PP, que integrou os dois últimos governos em coligação com o PSD, já admitiu estar disponível para dialogar com todos os partidos, mas avisou que não voltará a integrar o executivo.
Também a IL reafirmou no domingo à noite que não vai fazer acordos com ninguém, embora tenha disponibilidade para negociar caso a caso.
Manifestando-se como "um partido de abertura, de diálogo, de construção", o PAN assegurou que não deixará "ninguém de parte" e pensará "sempre naquilo que é o melhor" para a região.
Catorze candidaturas disputaram os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
[Notícia atualizada às 06h27]
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