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Livre é essencial para dar "diferença de tom" e "maturidade" à Esquerda

O porta-voz do Livre defendeu hoje que o partido que é essencial para dar "uma diferença de tom" e de "maturidade" à esquerda e ambiciona ser o partido que "mais crescerá em termos proporcionais" na noite de domingo.

Livre é essencial para dar "diferença de tom" e "maturidade" à Esquerda
Notícias ao Minuto

17:37 - 07/03/24 por Lusa

Política Rui Tavares

"[O Livre] é essencial para dar uma diferença de tom e de atitude à esquerda. Nós estamos a ajudar a esquerda a ganhar, mas as pessoas também querem uma esquerda que tenha crescido em maturidade e que inclua novos temas que antes não eram temas tradicionais à esquerda como a ecologia, a Europa e os direitos humanos", defendeu Rui Tavares.

O deputado e cabeça de lista por Lisboa para as legislativas de domingo falava aos jornalistas em Cacilhas, após uma viagem de barco que teve início em Lisboa, acompanhado por uma comitiva do partido, que incluiu o 'número um' por Setúbal, Paulo Muacho.

Tavares traçou ainda um objetivo para a noite eleitoral de domingo: "Achamos perfeitamente possível que o Livre seja o partido que percentualmente mais crescerá à proporção", comparativamente às legislativas de 2022, nas quais obteve 1,28% dos votos (correspondente a cerca de 71 mil boletins).

"Todos os nossos candidatos e candidatas podem compor uma bancada que nos permita dar uma resposta já na noite do próximo domingo, de que ao contrário do que muitos comentadores foram dizendo, e ao contrário do que alguns partidos foram tentando insuflar, o discurso que mais crescerá em termos proporcionais não seja o discurso da divisão e do ódio representado pela extrema-direita", considerou.

O Livre, continuou, representa "um discurso do futuro, da ecologia, da Europa e dos direitos humanos".

Confiante numa vitória da esquerda, Rui Tavares defendeu que a direita democrática necessita de "resolver o problema do extremismo" e refazer-se.

"E uma coisa eu vos garanto: a esquerda ganhar estas eleições significa que as ganhará através de deputados e deputadas que o Livre conquistar", frisou.

Para o dirigente, "o Livre é neste momento um voto decisivo para, entre a esquerda e a direita democrática, sairmos do empate técnico e a esquerda ganhar estas eleições".

Tavares mostrou-se convicto de que "as pessoas não estão certamente indecisas em relação aos seus valores", sendo a favor "da tolerância".

No ano em que se celebra 50 anos do 25 de Abril de 1974, que assinala a 'Revolução dos Cravos' e o fim de 48 anos de ditadura, o dirigente argumentou que Portugal é um país no qual "sociologicamente a esquerda tem uma importância muito grande".

"Acreditamos que há uma maioria de gente que não quer ver uma política de ódio nem de divisão. Mas que também não querem ver esta galeria do passado que a Aliança Democrática [coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM] nos tem apresentado. Acho que é muito difícil chegar ao final desta campanha eleitoral e dizer que a AD nos apresentou uma ideia para o futuro", criticou.

Tentando combater o voto útil, Tavares argumentou que "toda a gente que quer o progresso, a concórdia e um país de futuro com uma economia de alto valor acrescentado tem em quem votar, e é no Livre".

Paulo Muacho, cabeça-de-lista por Setúbal, acredita que será eleito no domingo como deputado à Assembleia da República, sustentando que as sondagens permitem essa expectativa, mas não só, apontando que "a sondagem na rua tem sido muito positiva".

Numa viagem em que a agitação do rio foi balançando o cacilheiro, Tavares lamentou que os passes de mobilidade nacional não incluam o percurso Setúbal-Tróia, "onde muita gente que trabalha de um lado e vive do outro precisa de utilizar o ferry todos os dias".

O deputado afirmou que esta foi uma medida apresentada pelo Livre nas negociações orçamentais e que o PS "não quis implementar".

Tavares criticou também o facto de terem sido compradas "baterias elétricas para os cacilheiros que nunca foram utilizadas" e ainda a falta de acessibilidades nestas embarcações para pessoas com dificuldades de mobilidade.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

[Notícia atualizada às 18h00]

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