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Mariana Vieira da Silva acusa AD de "martelar o crescimento" económico

A cabeça de lista do PS por Lisboa, Mariana Vieira da Silva, acusou hoje a AD de "martelar o crescimento" económico até as suas "medidas caberem lá", questionando que propostas vão cair se as suas previsões não se concretizarem.

Mariana Vieira da Silva acusa AD de "martelar o crescimento" económico
Notícias ao Minuto

23:18 - 05/03/24 por Lusa

Política PS

Num discurso na Aula Magna, em Lisboa, Mariana Vieira da Silva defendeu que a direita apresentou "medidas para se reconciliarem com o povo português", mas fê-lo "com os mesmos truques do passado", que disse já conhecer bem.

"Quando olhamos para o cenário macroeconómico do PSD, ficamos com aquela ligeira sensação de que escreveram uma lista de medidas e depois martelaram o crescimento até as medidas caberem lá", acusou.

A também ministra da Presidência disse que "parece mesmo que nem o PSD acredita nas suas contas e que apresenta um programa que não é para levar a sério", salientando que propõem um salário médio para 2030 que, no acordo de rendimentos assinado em concertação social, já está previsto para 2027.

"E já foram avisando que, se não crescerem o que só eles preveem e que não é acompanhado por nenhuma instituição internacional, ou se por exemplo tiverem uma crise como uma pandemia, então algumas medidas podem ter de cair", sublinhou.

Mariana Vieira da Silva defendeu que é por isso legítimo perguntar quais são essas medidas que vão cair.

"Porque é fácil antecipar que, tal como no passado, a baixa do IRC talvez sobreviva e as medidas do Estado social talvez sejam suspensas", referiu.

Neste discurso, com o primeiro-ministro, António Costa, a ouvi-la na plateia, Mariana Vieira da Silva fez um balanço positivo dos últimos oito anos e defendeu que o PS conseguiu "contrariar tudo o que a direita disse" e foi com as suas próprias políticas que foram alcançados "os bons resultados que eles tanto desejavam e que nunca, nunca alcançaram"

A cabeça de lista sublinhou que a direita dizia que só era possível mais emprego se se reduzissem os custos de trabalho e que só era possível mais crescimento com menos direitos, e o PS conseguiu alcançar um recorde de população empregada e melhores salários, com menos precariedade e a economia em convergência com a União Europeia em seis dos oito anos.

"Agora, digam-me uma coisa: quem falhou sempre, sempre no diagnóstico, poderá agora ter razão nas soluções? Não tem", afirmou, perante os aplausos de uma sala cheia.

Depois, a candidata falou sobre a candidatura de Pedro Nuno Santos, salientando que, entre várias medidas, propõe "um novo ciclo de crescimento, de aumento de salários", um "novo impulso à transformação da economia" ou ainda "mais aposta nos transportes, no metro, na ferrovia e na alta velocidade".

Mariana Vieira da Silva abordou ainda o facto de Pedro Nuno Santos prometer continuar a executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para voltar a atacar a AD, salientando que, nos últimos anos, a direita acusou o Governo de utilizar estes fundos europeus "só para investimento público".

"Por isso, é legítimo perguntar: o que é que vão abandonar? As obras nas escolas, como fizeram no passado? Os centros de saúde? As 32 mil casas de habitação pública que o PNS desenhou, lançou e que estão agora no terreno? O alargamento do metro de Lisboa e a sua extensão em Loures e em Odivelas? O que é que vão suspender? O que é que vão parar?", perguntou.

Mariana Vieira da Silva defendeu ainda que estas são umas eleições que o PS não desejava "e de que o país não precisava, apesar de o partido estar com "força, com energia e com mais ação para as vencer no próximo dia 10 de março".

"Por isso, devemos dirigir-nos aos que ainda estão indecisos com três mensagens muito claras: o orgulho no balanço do que fizemos nos últimos oito anos, a ambição e a determinação do muito que ainda vamos fazer e (...) os riscos que o país corre se a direita ganhar", disse.

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