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Miguel Albuquerque? "Se estivesse no lugar dele, ter-me-ia demitido"

Manuela Ferreira Leite considerou, no entanto, que, caso sejam marcadas novas eleições na Madeira, os resultados não deverão ser muito diferentes dos de setembro de 2023.

Miguel Albuquerque? "Se estivesse no lugar dele, ter-me-ia demitido"
Notícias ao Minuto

23:53 - 26/01/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Madeira

A antiga líder do Partido Social-Democrata (PSD) Manuela Ferreira Leite comentou, esta sexta-feira, a polémica em torno do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), que anunciou a sua demissão do cargo após ser constituído arguido por suspeitas de corrupção.

"Se estivesse no lugar dele, ter-me-ia demitido", disse, considerando que se o arquipélago for a eleições antecipadas, os resultados não "iriam ser muito diferentes".

Sobre se o PSD seria, novamente, o vencedor destas eleições, Ferreira Leite não hesitou: "Acho que sim", disse na CNN Portugal, no mesmo dia em que Albuquerque anunciou a sua demissão, após ter sido constituído arguido numa investigação a suspeitas de corrupção na ilha.

"Não quero estar a dar a ideia de que, por pensar que o resultado seria o mesmo, então não vale a pena fazer eleições. Vale sempre a pena ir a eleições", continuou, afirmando: "Fazerem-se eleições à espera que haja uma penalização, não estou de acordo com isso. Nas eleições que vamos ter em março, não considero que haja uma penalização do Partido Socialista pelo facto de António Costa se ter demitido". 

Sobre a resposta do Presidente da República à polémica, Ferreira Leite argumentou que a situação na Madeira não é idêntica ao caso da Operação Influencer, que, em Portugal continental, levou à demissão do primeiro-ministro António Costa, e à marcação de eleições antecipadas. 

"Tinha havido eleições na Madeira há dois meses, enquanto que António Costa estava há 8 anos [no poder], já desgastado", considerou.

Miguel Albuquerque (PSD), que anunciou esta sexta-feira a renúncia à presidência do Governo Regional, foi constituído arguido na quarta-feira, após a Polícia Judiciária ter realizado cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias na Madeira (Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava), na Grande Lisboa (Oeiras, Linda-a-Velha, Porto Salvo, Bucelas e Lisboa), em Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Beira e Ponta Delgada (Açores), no âmbito de três inquéritos dirigidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

A residência de Miguel Albuquerque e a Quinta Vigia, sede da presidência do Governo Regional (PSD/CDS-PP), também foram alvo de buscas, no decurso de um processo em que o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), e dois gestores ligados ao grupo de construção AFA foram detidos.

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