Livre disponível para maioria de Esquerda mas com geringonça diferente
"Se houver maioria de Esquerda, Livre é parte da solução", disse Rui Tavares.
© Reinaldo Rodrigues
Política Rui Tavares
Em entrevista à CNN, na noite desta quinta-feira, Rui Tavares considerou que a queda do Governo desembocou "numa crise de regime". Criticando o alongado espaço de tempo dado para a realização de novas eleições, o líder do Livre disse estar disponível para fazer parte de um governo de maioria de Esquerda.
"[Foi] uma crise de regime porque nesse dia as pessoas forma para o trabalho e na hora de almoço não havia Governo por causa de uma colisão entre sistema judicial e sistema político", começou por explicar, considerando que "não era obrigatório que fosse assim".
Porém, recorda, já havia um "clima de tensão de executivo com o Presidente da República", que culminou com a dissolução do parlamento.
Após a queda do Governo, refere ainda Rui Tavares, esta crise de regime tem-se intensificado uma vez há uma "diferença na cultura de exigência dos próprios cidadãos", que têm aumentado a sua fasquia contra a cunha.
Quantos às eleições que se realizam a 10 de março, o líder do Livre disse que o partido tem três objetivos: "crescer, ganhar um grupo parlamentar; ajudar a Esquerda a vencer eleições; e afastar extremistas autoritários, populistas, xenófobos, racistas do poder".
"Se houver maioria de Esquerda, Livre é parte da solução", disse Rui Tavares, mostrando-se disponível para fazer parte de um governo de geringonça, que deve no entanto distinguir-se daquela que foi criada em 2015.
"Não deve ser uma gerigonça como a de 2015, deve ter mais responsabilidade e exigente do que a original", disse.
Questionado se eliminaria algum partido dessa geringonça, o político considerou que "todos os partidos da esquerda, apesar de enormes diferenças, são, no entanto, no que diz respeito à politica interna, democráticos e devem fazer parte desse arco do progressismo e ecologia".
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