"Não vamos esperar dez anos e arrastar isto como fez o Partido Popular Europeu [PPE] em relação a Orbán [primeiro-ministro da Hungria], que acabou por sair", defendeu Pedro Marques em conferência de imprensa no PE em Estrasburgo (França).
O eurodeputado eleito pelo PS considerou que durante a campanha para as eleições legislativas na Eslováquia houve "muita retórica" de Robert Fico -- cujo partido, o Smer, acabou por vencer -- que era "bastante preocupante".
E foi claro: quaisquer "violações quanto ao apoio à Ucrânia", violações das posições, por exemplo, quanto aos direitos da comunidade LGBTQIA+ ou coligações com forças de extrema-direita levariam um "processo de sanções ou mesmo à expulsão" de Robert Fico.
Pedro Marques voltou a criticar o tempo que o PPE demorou a expulsar Viktor Orbán e insistiu que o S&D não vai "ficar na bancada a assistir".
A retórica de Robert Fico "é um pacote único", acrescentou o vice-presidente do grupo político no PE do qual faz parte o PS, e se o futuro primeiro-ministro eslovaco "passar da retórica às ações pode iniciar-se um processo de sanções", que poderá culminar na sua expulsão daquela família política.
Pedro Marques é o responsável político do S&D, um grupo no PE cujos eurodeputados se consideram progressistas e as posições de Robert Fico, nomeadamente o alinhamento a Moscovo, chocam com as posições dos Sociais & Democratas.
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