De acordo com os resultados oficiais provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PAN obteve 3.046 votos, elegendo a escolhida pela direção do partido para encabeçar a candidatura às eleições regionais com o objetivo de conseguir que o partido voltasse a ter uma representação no parlamento da Madeira.
Inicialmente, com a presença da porta-voz nacional, Inês de Sousa Real, o PAN apresentou como cabeça-de-lista o presidente da comissão política do partido na Madeira, Joaquim Sousa, mas alterou a sua decisão alegando "uma incompatibilidade".
Joaquim Sousa descreveu a situação como uma "golpada" e interpôs no Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal uma ação com o objetivo de anular a candidatura do partido às eleições regionais.
Mas o PAN anunciou na quinta-feira que a iniciativa "foi considerada improcedente", tendo o partido sido "absolvido".
A líder do PAN, Inês Sousa Real, em 11 de agosto deslocou-se à Madeira para entregar a candidatura no Tribunal do Funchal, e disse que o partido a nível nacional "respeita a autonomia das regiões" e que só teve interferência neste processo "porque foi requerido" pela Comissão Política regional.
Nascida em novembro de 1995, licenciada em Serviço Social e em Igualdade de Género, com o curso de técnica de apoio à vítima, Mónica Freitas não tem qualquer experiência em atos eleitorais.
Diz que sempre foi ativista em causas de cariz social - integrou a Comissão Para o Estatuto da Mulher da Organização das Nações Unidas, em 2017, e fundou a associação Womaniza.te.
É militante do PAN desde 2021 e aceitou este "desafio" porque se identifica com as causas e os princípios do partido, considerando que "pode fazer alguma diferença".
Esta é a quarta vez que o PAN concorreu a eleições legislativas regionais na Madeira, apresentando medidas como a isenção de taxas na compra de casa e vacinas gratuitas para animais.
Nas primeiras eleições em que concorreu, em 2011, alcançou um mandato, mas nas seguintes falhou a conquista de mandatos.
A coligação PSD/CDS-PP venceu hoje as eleições legislativas regionais da Madeira, mas falhou por um deputado a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas e os centristas obtiveram 43,13% dos votos (58.399 votos) e 23 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
[Notícia atualizada às 23h23]
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