O antigo vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Miguel Relvas, comentou, na quarta-feira à noite, o discurso do Papa Francisco, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no dia em que chegou a Portugal para a Jornada Mundial da Juventude.
"Conhecendo nós a formação jesuíta deste Papa, saberíamos que numa ocasião como a Jornada Mundial da Juventude, aproveitaria sempre para fazer um discurso menos abstrato e mais objetivo", começou por sublinhar Miguel Relvas, em comentário na CNN Portugal.
Na ótica do social-democrata, o discurso "muito realista sobre a visão do papel que a Europa pode ter no mundo", tal como no contexto da guerra na Ucrânia, foi "um exemplo para algumas das hierarquias da Igreja".
"Portugal esteve no centro do mundo" com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), afirmou Miguel Relvas, tecendo críticas a uma "esquerda radical que não é capaz de ter uma visão cosmopolita de uma iniciativa destas".
Sublinhando viver-se um "momento de descrença da mobilização da juventude", o antigo 'vice' do PSD afirmou que o facto de a JMJ ter mobilizado mais de um milhão de jovens "é muito significativo".
Questionado sobre se a mobilização de tantos jovens para o evento tem a ver com o facto de ser "este Papa" a estar presente, Miguel Relvas afirmou que "não há Papas bons nem Papas maus". "Nós tivemos o beneficio, de num momento tão difícil para o mundo, ter esta organização em Portugal. Estamos de parabéns", rematou.
O Papa, o primeiro peregrino a inscrever-se na JMJ, chegou a Portugal, na quarta-feira manhã e, além da passagem por Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude, até domingo, tem prevista também uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no sábado, para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.
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