O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, acusou o presidente do Brasil, Lula da Silva, de vir a “solo português atacar a União Europeia” e comparou o brasileiro a Vladimir Putin, Jair Bolsonaro e Matteo Salvini pela sua posição em relação à invasão russa da Ucrânia.
“Lula da Silva veio a solo português atacar a União Europeia, afirmando que esta, ‘se não faz a paz, contribui para a guerra’”, começou por afirmar o liberal numa publicação na rede social Twitter.
“Depois de uma sucessão de afirmações vergonhosas de Lula, baseadas na inaceitável equivalência entre invasor e agredido, temos agora a equivalência entre os que agridem e aqueles que dão apoio a quem se defende”, acrescentou.
Na ótica de Rui Rocha, existe uma “enorme miséria moral” na “argumentação reiterada” de Lula da Silva, que “poderia ser utilizada pelo próprio Putin ou também pelo PCP, por Bolsonaro ou por Salvini”.
“As suas posições e discursos são, estes sim, verdadeiramente equivalentes no desprezo pelo direito internacional, pela paz e pela liberdade”, atirou.
Lula da Silva veio a solo português atacar a União Europeia, afirmando que esta, "se não faz a paz, contribui para a guerra". Depois de uma sucessão de afirmações vergonhosas de Lula, baseadas na inaceitável equivalência entre invasor e agredido, temos agora a equivalência entre…
— Rui Rocha (@ruirochaliberal) April 22, 2023
Lula da Silva foi alvo de críticas dos Estados Unidos da América (EUA), da União Europeia (UE) e do Ocidente em geral, na semana passada, após ter afirmado, durante visitas à China e aos Emirados Árabes Unidos que os EUA deviam parar de “encorajar a guerra” na Ucrânia e a União Europeia devia “começar a falar de paz”.
Já na passada terça-feira, num almoço com o seu homólogo romeno, Lula afirmou que o seu governo “condena a violação da integridade territorial da Ucrânia” e “defende uma solução política negociada para o conflito”.
Hoje, após um encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou que quer “encontrar uma terceira via” para a paz na Ucrânia, porque “estamos numa situação em que a guerra entre a Rússia e Ucrânia está a afetar a humanidade”.
Lula da Silva frisou ainda, respondendo às questões dos jornalistas, que, desde o início que a posição do Brasil "é muito clara", de condenação à Rússia pela invasão da Ucrânia, mas de procurar reunir um conjunto de países que possam convencer as duas partes a sentarem-se à mesa para uma negociação.
Sublinhe-se que o presidente do Brasil chegou na sexta-feira a Lisboa, para uma visita de Estado a convite do chefe de Estado português, cujo programa oficial começou hoje e termina na terça-feira de manhã.
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