Numa declaração política na Assembleia da República, o deputado Filipe Melo considerou que "as famílias portuguesas atravessam gravíssimas dificuldades" uma vez que enfrentam "uma inflação que chega a tocar nos 10%", as taxas de juro de referência para o crédito à habitação que "vão chegar ainda este ano aos 4%" e "das maiores cargas fiscais da OCDE".
"O que fez o Governo socialista para atenuar? Zero, nada", criticou.
Argumentando que o Governo "tenta disfarçar a miséria a que levou este país", o deputado do Chega defendeu que os "portugueses não precisam de esmola, precisam de dignidade, precisam de salários justos, precisam de um alívio da carga fiscal que os atormenta".
Ainda nas críticas ao PS, Filipe Melo apontou que "esta maioria socialista em tudo se assemelha ao Titanic, grande, muito grande, grande demais até, a meter água por todo o lado, a começar a afundar e pior que tudo a levar os portugueses e Portugal ao fundo", afirmando que o Governo "se prepara para conduzir o país" à "bancarrota".
E defendeu que "brevemente o Chega será Governo para devolver [aos portugueses] a dignidade, a justiça que merecem, as condições de vida de necessitam e para trazer de volta ao país os milhões de emigrantes que foram forçados a sair e esses sim, que são portugueses, esses fazem cá falta".
Na sua intervenção política de hoje, o Chega falou igualmente na TAP e apontou que "uma senhora administradora" leva "para casa quase 45 mil euros mensais e vai levar um bónus em 2025 muito chorudo", criticando que são os portugueses "que sustentam" a companhia aérea.
Em audição na Assembleia da República na quarta-feira, a presidente executiva da TAP revelou que o seu contrato prevê um bónus caso o plano de reestruturação seja "plenamente cumprido", mas foi omissa quanto ao seu valor.
"Já estamos preparados para que dentro em breve tenhamos de ser chamados a terreiro para limpar esta desgraça socialista que este Governo tem feito na TAP", apontou o deputado Filipe Melo, considerando que "já não deve faltar muito tempo".
Num pedido de esclarecimento, o deputado Paulo Moniz, do PSD, referiu-se à TAP e afirmou que há uma "escalada alucinogénica da gestão" da companhia aérea.
"Há aqui um problema de uma opção ideológica do Governo do PS que, escudado naquilo que é a pandemia, justifica ter entregue à TAP 3,2 mil milhões dos portugueses, com uma diferença dos restantes países que ajudaram as companhias, emprestaram dinheiros dos contribuintes mas puseram o juro", criticou.
O deputado do PSD defendeu ainda que "o país não tem liquidez para pôr 3,2 mil milhões na TAP", e que "esse dinheiro é dívida em nome dos portugueses, dos filhos e dos netos".
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