"À política o que é da política". Vital Moreira rejeita "judicialização"

Constitucionalista foi claro: "À política o que é do foro político". E afirma ter "as maiores reservas" sobre a submissão ao foro penal de alegadas ofensas pessoais por questões políticas.

Notícia

© Carlos Manuel Martins / Global Imagens 

Notícias ao Minuto
16/11/2022 09:35 ‧ 16/11/2022 por Notícias ao Minuto

Política

Vital Moreira

Vital Moreira mostrou-se, na terça-feira, contra a "submissão ao foro penal de alegadas ofensas pessoais por imputação de factos ou de posições políticas", sobre a qual tem "as maiores reservas".

No blogue Causa Nossa, o constitucionalista alegou que "uma coisa é a defesa dos políticos contra ofensas ou imputações difamatórias de caráter pessoal, outra coisa é a defesa contra acusações ou imputações de natureza política, por atos ou afirmações no exercício de funções públicas".

A publicação de Vital Moreira surge apenas dias após o primeiro-ministro ter anunciado que vai processar o antigo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, por ofensa à honra e bom nome, depois de este ter relatado, num livro escrito por Luís Rosa, que foi pressionado para não retirar Isabel dos Santos do BIC.

Sem mencionar o caso, no entanto, Vital Moreira defendeu que "convém manter os litígios no plano estritamente político, deixando o veredicto à opinião pública", no que toca a acusações ou imputações de natureza política.

"Para além da dificuldade da prova em muitos casos (afirmação contra afirmação) e da jurisprudência leniente do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos nestes casos, não vejo nenhuma vantagem, pelo contrário, na judicialização do combate político, que tenderá a arrastar a politização da justiça. À política o que é do foro político", concluiu o constitucionalista.

Leia Também: "Declarações são ofensivas". PM vai mesmo processar Carlos Costa

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas