"RTP/Açores não responde às necessidades da empresa"
O presidente do Governo açoriano manifestou hoje preocupação com a proposta para a RTP/Açores, por não responder às necessidades do centro regional da rádio e televisão pública, prometendo enviar "uma posição fundamentada" ao ministro Poiares Maduro dentro de um mês.
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Política Vasco Cordeiro
"Nós vemos com preocupação esta proposta, porque consideramos que ela não responde, nessa análise sumária que foi possível fazer, àquilo que nós entendemos que é necessário fazer no centro regional da RTP/Açores", afirmou aos jornalistas Vasco Cordeiro, após uma audiência com o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, em Ponta Delgada.
O encontro serviu para Miguel Poiares Maduro apresentar a Vasco Cordeiro o modelo para o futuro da RTP/Açores, que passa pela criação de uma empresa regional para garantir a parte de conteúdos audiovisuais, ficando a RTP com a área da informação.
Para Vasco Cordeiro, este modelo não assegura uma "assunção plena e eficaz pelo Estado do cumprimento do serviço público de rádio e televisão na Região Autónoma dos Açores".
"Nós compreendemos todos os constrangimentos que o país tem, que a RTP tem, mas há uma coisa que nos é particularmente difícil de compreender: é que foram feitos investimentos no país todo na rádio e televisão e agora que chega a vez dos Açores, se nós quisermos fazer com que a RTP/Açores, sobretudo a RTP [a televisão], recupere o atraso de décadas que tem do ponto de vista tecnológico há aqui uma solução que não nos parece facilmente percetível", sustentou.
Além da separação entre informação e produção de conteúdos audiovisuais, o chefe do Executivo açoriano manifestou preocupação com a questão dos trabalhadores, património afeto à RTP/Açores, arquivo e o dinheiro que resulta da cobrança nas ilhas da taxa do audiovisual, verba que defende que deveria ficar nos Açores.
Vasco Cordeiro anunciou que a proposta hoje formalmente conhecida será agora analisada, comprometendo-se dentro de um mês a dar conhecimento ao ministro Poiares Maduro dos aspetos que merecem ser ponderados, uma posição que terá dimensão regional.
"Julgo que esta é uma matéria que exige uma consulta alargada a outras entidades [para além do Governo Regional], nomeadamente os partidos políticos com assento parlamentar [na Assembleia Legislativa açoriana] no sentido de termos uma posição da região autónoma dos Açores", referiu Vasco Cordeiro.
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