"Nós somos contra a União Europeia, somos um partido eurocrítico, somos a favor da Comunidade Europeia, entidade que trouxe enormes benefícios para todos os países mas de uma forma muito diferente da presente União Europeia porque na Comunidade Europeia os países continuaram a ser independentes", declarou o candidato do PND às eleições europeias de 25 de maio.
Defendendo o crescimento dos eurocéticos ou eurocríticos no Parlamento Europeu para que haja "uma mudança de rumo na União Europeia, de dar um passo atrás no sentido da Comunidade Europeia, onde todos os países têm interesses em comum mas podem dizer não às leis e às propostas que não funcionem a favor do país", Eduardo Welsh considerou o PSD, o CDS e o PS "partidos em sintonia" com o atual modelo de União Europeia e com o euro.
"Não têm críticas a apontar uns aos outros, na Europa estão em sintonia e, por isso, não gostam de falar da Europa", opinou.
"Essa soberania foi desbaratada, Portugal, agora, encontra-se como um país pequeno e com pouco poder dentro da União Europeia e sem poderes para dizer "não" a desenvolvimentos relativamente aos quais não concorde", salientou.
"Por isso mesmo - continuou - esta é a nossa posição de dizer "não" à União Europeia".
Eduardo Welsh chamou a atenção que o modelo de União Europeia e o sistema monetário baseado no euro foram "impostos sem nos perguntarem nada".
Lembrou que a "crise do euro não acabou", o "euro qualquer dia arrebenta" e que "a dívida de Portugal está mais alta do que no início do resgate".
"Nós somos a favor que seja estudado uma saída do euro, nós queremos ter essa ferramenta na mão para podermos decidir se queremos permanecer no euro e não sermos conduzidos apenas pelo medo e pela falta de diálogo sobre este ponto e para termos uma alternativa para decidirmos, nós próprios, o que queremos do nosso futuro", defendeu.
Eduardo Welsh nasceu na Madeira, tem 47 anos de idade, formado em História de Arte com particular enfoque na civilização chinesa, é deputado pelo PND à Assembleia Municipal do Funchal e à Assembleia Legislativa da Madeira.
O candidato nacional do PND às europeias de 25 de maio vai centrar a sua campanha eleitoral na Região Autónoma da Madeira devido à crise económica mas espera fazer algumas incursões no território nacional.