Em comunicado, o partido exortou o Governo de António Costa e ir mais longe nas pensões e considerou que o pagamento com retroativos a janeiro do aumento extraordinário das pensões não contraria a "escalada de aumento de preços da alimentação, da eletricidade, do gás, entre outros bens e serviços essenciais" para uma vida "com dignidade".
"Na sua maioria de montante baixo sobre os quais pesa o impacto dos preços dos bens alimentares e o aumento dos preços da energia na ordem dos 31,7%, que se refletem em bens e serviços como as despesas com eletricidade ou com a compra do gás", completou o partido.
Na ótica do PCP, há "uma efetiva perda de poder de compra" dos pensionistas: "A mera constatação de que o aumento registado em poucos meses do preço da bilha de gás foi de dez euros põe a nu a insuficiência dos aumentos agora propagandeados".
Os comunistas lembraram que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), aprovado em maio apenas com os votos favoráveis dos socialistas, manteve o aumento de dez euros nas pensões que estava previsto na versão apresentada em 2021.
Esta decisão, na opinião do partido, ignorou a inflação que já se verificava naquela altura e que se agravou entretanto.
"O anúncio pelo Governo de aumentos para 2023, apresentado como 'históricos' mas que mal repõem o poder de compra perdido, não ilude a recusa do PS de proceder a aumentos extraordinários neste ano de 2022 que permitam repor poder de compra perdido ao longo do ano", sublinhou o partido.
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