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BE considera "decisão terrível" acordo entre Turquia e Suécia

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje que o acordo entre Turquia e Suécia, alcançado na recente cimeira da NATO, é uma "decisão terrível", referindo que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ataca o povo curdo.

BE considera "decisão terrível" acordo entre Turquia e Suécia
Notícias ao Minuto

21:49 - 03/07/22 por Lusa

Política NATO

"Registar a decisão terrível tomada na cimeira da NATO com o acordo entre a Turquia e a Suécia. Na verdade, a ditadura de Erdogan ataca o povo curdo e a Suécia aceitou", afirmou a bloquista Catarina Martins, numa conferência de imprensa em Lisboa, para apresentação das conclusões da Mesa Nacional do BE.

Na terça-feira, no âmbito da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que decorreu em Madrid (Espanha), a Turquia levantou o seu veto à adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança Atlântica, após a assinatura de um memorando que "responde às preocupações" de Ancara, segundo anunciou o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

Sob o novo acordo, a Turquia exige à Suécia a extradição de várias dezenas de opositores curdos. Ancara tem acusado a Suécia de albergar militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização que a Turquia considera terrorista.

No âmbito desta decisão, a coordenadora do BE afirmou que a Suécia tem tido uma política externa de defesa dos direitos humanos "muito importante", inclusive tem "um grande número de exilados curdos".

"O que o acordo com a Turquia determina é que estes exilados curdos, estes refugiados, passam a estar sujeitos a medidas policiais, podem ficar sujeitos à extradição para a Turquia", criticou a bloquista.

Catarina Martins apontou ainda que a Turquia vai receber mais armamento "para poder, enfim, bombardear o povo curdo".

"Este é talvez dos registos mais cruéis desta cimeira", expôs.

Na mesma conferência de imprensa, a coordenadora do BE criticou a ausência de posição por parte do Governo português sobre as situações de violência registadas no enclave espanhol de Melilla, situado no norte de África.

"O Governo português ainda não teve uma palavra que nós conheçamos sobre o que aconteceu em Melilla, em que dezenas de imigrantes foram violentamente espancados e deixados a morrer ao sol pelas tropas de Espanha e de Marrocos", disse a líder do BE.

A bloquista referiu que o primeiro-ministro português, António Costa, tem-se "desdobrado" em contactos europeus nas últimas semanas, mas "até agora não há uma única palavra sobre esse massacre que aconteceu em território europeu".

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