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"Refugiados ucranianos não terão todos as mesmas origens ou convicções"

O comunista João Ferreira criticou a aprovação, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, do protocolo estabelecido com a Associação dos Ucranianos em Portugal no âmbito da integração de refugiados.

"Refugiados ucranianos não terão todos as mesmas origens ou convicções"
Notícias ao Minuto

23:48 - 09/05/22 por Ema Gil Pires

Política PCP

João Ferreira, vereador do PCP na Câmara de Lisboa, considerou, esta segunda-feira, que atribuir "a gestão do apoio aos refugiados a uma associação (com assumidas posições nacionalistas) indicada pela Embaixada da Ucrânia empurra alguns deles para uma óbvia vulnerabilidade".

Isto porque, como explicou o comunista numa publicação na rede social Twitter, os "refugiados ucranianos não terão todos as mesmas origens ou convicções" - não devendo, portanto, excluir-se "que existam refratários, russófonos, independentistas, etc".

Por outro lado, entre "os refugiados ucranianos existirão também homens que fugiram da lei marcial, refratários que recusaram ir para a guerra", prossegue ainda o vereador do PCP - que critica o facto de, "por decisão da Câmara de Lisboa", os "dados pessoais destes homens e suas famílias" poderem "estar à disposição da Embaixada da Ucrânia".

"As obrigações de proteção do Estado Português não podem excluí-los. A opção da Câmara de Lisboa é perniciosa e condenável", prossegue ainda o ex-deputado europeu.

As afirmações assumem-se como uma crítica à aprovação, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, do protocolo estabelecido com a Associação dos Ucranianos em Portugal no âmbito da integração de refugiados que se encontrem em fuga da guerra.

A medida, tal como todas as outras que foram aprovadas na reunião da autarquia da sexta-feira passada e que tinham em vista a melhoria do acolhimento de refugiados ucranianos na cidade - e que incluíam, nomeadamente, um apoio financeiro, no montante de 320 mil euros, até 2023 - contou com o voto contra do PCP.

João Ferreira critica ainda o facto de não existirem "manchetes, nem comentários indignados, nem pedidos de investigação" na sequência da aprovação desta medida em concreta, fazendo assim uma clara alusão ao caso da receção de refugiados ucranianos por parte da autarquia de Setúbal.

De acordo com a notícia avançada pelo jornal Expresso, refugiados ucranianos terão sido recebidos na Câmara de Setúbal por dois cidadãos de origem russa. Ambos teriam, alegadamente, fotocopiado documentos de identificação dos refugiados ucranianos, além de terem feito perguntas sobre o paradeiro de familiares que deixaram na Ucrânia, à margem do que estará previsto nestes casos.

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