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Montenegro defende "plano de emergência social" para famílias carenciadas

O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro defendeu hoje que o Governo deve ter um "plano de emergência social" e transferir os impostos arrecadados com a inflação para as "famílias mais carenciadas", que vão "perder poder de compra".

Montenegro defende "plano de emergência social" para famílias carenciadas
Notícias ao Minuto

20:42 - 30/04/22 por Lusa

Política Luís Montenegro

necessário que o Governo tenha já um plano de emergência social que faça com que haja uma transferência desse valor [impostos arrecadados] para as famílias mais carenciadas. As pessoas vão perder poder de compra, vão ganhar pouco ou o mesmo que ganham neste momento e vão ter os produtos mais caros", disse o social-democrata.

Em declarações aos jornalistas, à margem da 7.ª Academia de Formação Política para Mulheres, Luís Montenegro salientou que o Orçamento do Estado "vai favorecer a arrecadação de receita fiscal" e que, nesse sentido, o Estado "pode ajudar os que mais precisam".

"Quando há um processo inflacionista como o que está em curso e no qual o Governo tem uma previsão de 4%, que quase todas as entidades entendem que é irrealista por defeito, o Estado vai ter mais impostos e arrecadar mais recurso. Nesse caso pode ajudar os que mais precisam", observou.

Já durante a sua intervenção, numa sessão dedicada aos valores da social-democracia e à liderança, Luís Montenegro criticou as "heranças" deixadas pelos Governos socialistas, nomeadamente, o "pântano" de António Guterres e a "bancarrota" de José Sócrates.

"Nós não somos liberais, mas também não somos socialistas. [...] O PSD não é o partido da austeridade, das restrições, não é o partido só para arrumar a casa. Infelizmente, o PS tem deixado heranças que são o pântano e a bancarrota", disse, defendendo que o PS "tem conduzido Portugal a um empobrecimento".

"Em primeiro lugar porque temos a maior carga fiscal de sempre, em segundo porque temos um nível de risco de pobreza sem prestações sociais que são mais elevados hoje do que há 25 anos e em terceiro porque temos um nível salarial nivelado para baixo", considerou.

Defendendo que, além de "escrutinar e vigiar o Governo", o partido deve, nos próximos quatro anos, "dar pistas do que quer para o futuro", Luís Montenegro enumerou alguns desafios, tais como as alterações climáticas, nova era digital, inteligência artificial e natalidade.

A uma plateia de cerca de 50 mulheres, Luís Montenegro disse ter sido convidado para desempenhar o cargo de deputado na Assembleia da República, mas que recusou o convite por entender que "não estar no parlamento é uma vantagem", em particular, quando concorre a líder da oposição.

"Um líder da oposição quer estar no terreno e ir a todo o país. Ainda bem que não estou no parlamento, nem retido nos trabalhos parlamentares", disse, não descurando a importância tanto dos trabalhos parlamentares, como do "despique entre o líder da oposição e o primeiro-ministro".

Quanto ao seu adversário à liderança do PSD, Montenegro disse serem "dois candidatos amigos que se respeitam mutuamente" e que estão "preparados para reerguer o PSD".

"Qualquer que seja o resultado, estou convencido que vamos sair deste processo mais unidos e concentrados", observou, destacando que esta eleição vai "servir" para o PSD sair "mais coeso".

As eleições diretas no PSD estão marcadas para 28 de maio e o congresso para o primeiro fim de semana de julho, de 01 a 03, no Porto.

O antigo líder da bancada social-democrata Luís Montenegro e o antigo vice-presidente do partido Jorge Moreira da Silva disputam a presidência do partido.

O atual presidente, Rui Rio, já anunciou que deixará a liderança após o congresso do Porto, na sequência da derrota nas legislativas de 30 de janeiro, em que o PS conseguiu maioria absoluta.

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