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Transportes. BE retira proposta para contribuir na iniciativa de Moedas

O BE na Câmara de Lisboa decidiu hoje retirar a sua proposta para a gratuitidade dos transportes públicos, depois do presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD), ter apresentado ao restante executivo camarário uma iniciativa com esse propósito.

Transportes. BE retira proposta para contribuir na iniciativa de Moedas
Notícias ao Minuto

20:39 - 14/04/22 por Lusa

Política Transportes públicos

"O Bloco de Esquerda desde a primeira hora deixou claro o seu desejo de trabalhar para uma solução de gratuitidade dos transportes públicos em Lisboa. Por isso, retiraremos a nossa proposta, entregue em dezembro de 2021, permitindo uma melhor decisão para a cidade de Lisboa", indica o partido, em comunicado.

A decisão do BE foi tomada após o presidente da Câmara de Lisboa ter entregado esta tarde a sua proposta para a gratuitidade de transportes públicos em Lisboa para mais novos e mais velhos.

"Só hoje ficámos a conhecer a forma como pretende implementar a gratuitidade dos transportes públicos no município", refere o BE, partido que integra o executivo camarário de Lisboa, com a vereadora Beatriz Gomes Dias.

Na próxima quinta-feira, em reunião privada, a Câmara de Lisboa vai discutir a proposta apresentada por Carlos Moedas para a gratuitidade nos transportes públicos para residentes jovens e idosos, a que se juntaria também a iniciativa do BE para criar o programa municipal para a gratuitidade dos transportes públicos, que tem aguardado agendamento desde dezembro de 2021.

Em comunicado, o BE refere que a entrega e agendamento da proposta do presidente da câmara vem no seguimento das "insistentes solicitações" da vereadora única do Bloco de Esquerda, Beatriz Gomes Dias, para a discussão do tema, as perguntas da deputada municipal do BE Isabel Pires e ainda a "chamada de atenção" feita esta manhã pela coordenadora do partido, Catarina Martins.

"Recorde-se que a proposta do Bloco para a gratuitidade dos transportes está por agendar desde há quatro meses, violando o disposto no regimento da Câmara Municipal de Lisboa", lembra o partido, ressalvando que a retirada da sua proposta não significa desistir de ampliar a gratuitidade dos transportes públicos para pessoas em situação de desemprego e pessoas com deficiência, pelo que irá propor alterações à iniciativa apresentada por Carlos Moedas.

Colocando de parte as divergências políticas, o BE realça o "avanço no caminho para a gratuitidade dos transportes públicos", considerando que é uma medida essencial para o combate às alterações climáticas e muito importante num contexto de subida dos encargos das famílias.

O presidente da Câmara de Lisboa propõe que a gratuitidade nos transportes públicos para residentes jovens e idosos inclua Carris, Metropolitano, CP-Comboios de Portugal e Fertagus, segundo a proposta a que Lusa teve hoje acesso.

A proposta do presidente da Câmara de Lisboa prevê um acordo entre o município e a empresa TML - Transportes Metropolitanos de Lisboa, que será válido "até 31 de dezembro de 2025" e estabelece a gratuitidade para jovens entre os 13 e os 18 anos, estudantes do ensino superior até aos 23 anos, incluindo a exceção dos inscritos nos cursos de medicina e arquitetura até aos 24 anos, e maiores de 65 anos, em que o requisito comum para todos é ter residência fiscal no concelho.

Desde 2017, as crianças até aos 12 anos já beneficiam de transportes públicos gratuitos em Lisboa, nas redes do Metropolitano e da Carris.

O documento antecipa uma despesa no montante máximo de 6,266 milhões de euros em 2022 e, para os anos económicos de 2023, 2024 e 2025, uma verba de até 14,9 milhões de euros para cada ano.

Durante a vigência do acordo, em face das disponibilidades financeiras do município, será estudada, em articulação com a TML, a viabilidade do alargamento do universo de potenciais beneficiários da gratuitidade, por forma a abranger "os residentes na cidade de Lisboa em situação de desemprego de longa duração, os beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) e os portadores de incapacidade permanente igual ou superior a 60% fiscalmente reconhecida".

Na terça-feira, na reunião da Assembleia Municipal, Carlos Moedas anunciou a apresentação da proposta e disse que a mesma foi elaborada com "todos os vereadores sem exceção", o que inclui os sem pelouro, nomeadamente de PS, PCP, Livre, BE e independente do Cidadãos por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre), Paula Marques.

Leia Também: Transportes públicos gratuitos em quatro redes: A proposta de Moedas

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