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Após eleições é necessário "ultrapassar" e "não abrir novas feridas"

O secretário-geral do PS defendeu hoje a necessidade de "ultrapassar" e "não abrir novas feridas" depois das eleições, sublinhando que "só dois" as podem ganhar e que um voto no PS permite resolver "vitoriosamente o empate".

Após eleições é necessário "ultrapassar" e "não abrir novas feridas"
Notícias ao Minuto

23:26 - 27/01/22 por Lusa

Política Legislativas

"Depois de domingo, é necessário mobilizar de novo o país, unir o país, ultrapassar feridas, não abrir novas feridas, porque temos uma pandemia cuja página temos definitivamente de virar, porque nós temos verdadeiramente que nos mobilizar para o que mais importa, que é fazer o país avançar, ser um país mais progressivo, mais inovador, mais moderno, que crie mais esperança, que dê confiança no futuro", afirmou António Costa.

O líder socialista discursava num comício no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, em que também intervieram o histórico socialista Manuel Alegre, o líder da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos, e o presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Duarte Cordeiro.

Num dia em que a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou que é um voto no seu partido "que desempata a vida política em Portugal", António Costa afirmou que, no próximo domingo, "há muitos que vão ao campeonato, mas só dois podem ganhar".

"Ninguém nos venha a dizer que é votando num terceiro que resolvemos este empate. Não! É votando no PS que resolvemos vitoriosamente este empate, a bem de Portugal, a bem das portuguesas e a bem dos portugueses", sustentou.

Discursando depois de o histórico socialista Manuel Alegre, António Costa retraçou o seu percurso pessoal no PS, afirmando que a sua geração "teve o privilégio de poder viver um momento único" da história que foi "a queda de uma ditadura e da difícil construção de uma democracia".

"Eu sei, aliás por experiência familiar, quão difícil foi essa construção da democracia. Como essa construção nesses anos difíceis de 74, 75, 76 criaram feridas tão grandes entre aqueles que, durante 48 anos, tinham estado juntos contra a ditadura, contra o fascismo, pela liberdade e pela democracia", afirmou Costa.

O também primeiro-ministro sustentou que "foi seguramente por ter tido essa experiência" que, em 2015, "quando era mesmo necessário encontrar uma solução diferente que permitisse pôr fim à 'troika' e à austeridade", o PS confiou nele para "derrubar um muro que há muitos anos precisava de ser derrubado", em referência à criação de uma solução governativa entre o PS, PCP, Bloco de Esquerda e PEV.

"Mas sempre soube, e sei bem, que o PS só confiou em mim para eu derrubar esse muro porque sabia também em que escola é que eu tinha sido formado, que eu também não me baralho sobre qual é a nossa esquerda, sobre quais são os nossos caminhos e, sim, gosto de construir pontes (...) de abrir caminhos, de juntar pessoas, gosto de unir esforços, gosto de fazer isso. Mas também sei quando é o momento de dizer, 'não, basta, daqui nós não passamos'", afirmou, em referência às negociações que desembocaram no chumbo do Orçamento do Estado.

Depois de ter ouvido Manuel Alegre dizer que foi "com mágoa e indignação" que viu "dois partidos da esquerda juntarem os seus votos à direita e à extrema-direita para chumbarem um Orçamento progressista", António Costa afirmou que também "partilha a mágoa" do militante histórico.

"Partilhamos todos seguramente a mágoa do Manuel Alegre, a mágoa seguramente de dois milhões e 700 mil portugueses que, há dois anos atrás, votaram para continuar a 'geringonça'. Sim, partilho dessa mágoa. Mas a vida não se faz de mágoas, e também não se faz de rancores: a vida faz-se caminhando cada dia e enfrentando os desafios de cada dia", disse.

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