A maioria parlamentar continua a tentar procurar um entendimento com o Partido Socialista no que diz respeito ao pós-troika e, no rescaldo da reunião fracassada entre António José Seguro e Pedro Passos Coelho, avisa que a lista socialista está a pôr em causa as condições em que se dará o fim do resgate.
No entanto, o PS afirma que o encontro entre os dois líderes partidários não foi mais do que uma “encenação”, feita um dia antes da reunião com Angela Merkel para que Passos pudesse confirmar à chanceler alemã que tentou um acordo com a oposição, avança o Diário Económico.
Fontes do partido garantiram à mesma publicação que nem Seguro, nem Passos Coelho foram para a reunião com intenção de negociar, nem sequer com alternativas estudadas para apresentar, apenas voltaram a explicitar as suas posições.
Enquanto o PS sublinha que não se vai vincular a qualquer acordo nem “vai patrocinar um novo ciclo de austeridade e cortes”, conforme afirmou Eurico Brilhante Dias, o PSD, pela voz de Paulo Rangel, descreveu a atitude socialista como “extremista e radical”, acrescentando que “o PS não quis o entendimento e não quis colaborar numa solução”.