PSD, CDS-PP, PPM concorrem em coligação pré-eleitoral nos Açores
Os partidos que integram o Governo dos Açores, PSD, CDS-PP e PPM, anunciaram hoje uma coligação pré-eleitoral, designada por Aliança Democrática, que vai concorrer às eleições legislativas de 30 de janeiro pelo círculo da região.
© ShutterStock
Política Legislativas
O anúncio foi feito na sede do PSD/Açores, em Ponta Delgada, pelos líderes regionais do PSD, CDS-PP e PPM.
"O nosso entendimento é que a coesão política do projeto do Governo dos Açores, que tem em vista o futuro e o desenvolvimento dos Açores, assegura coesão e a afirmação política também assumindo, desta feita, em forma de coligação pré-eleitoral por parte do PSD/CDS-PP/PPM, essa candidatura às legislativas nacionais", declarou José Manuel Bolieiro, líder do PSD/Açores e presidente do Governo Regional.
O social-democrata avançou que a coligação vai ter a designação de "AD -- Aliança Democrática", um "resgate histórico de sucesso na democracia portuguesa", evocando a coligação liderada por Sá Carneiro que juntou os mesmos partidos em 1979.
"Será, pois, o projeto político que hoje fica anunciado e que no quadro dos nossos partidos será apresentado para os respetivos órgãos fazerem as respetivas aprovações e ratificações e no sentido posterior de inscrição, registo, desta coligação no tribunal constitucional", acrescentou.
Questionado pela elaboração da lista, Bolieiro afirmou que os três partidos vão ter em conta a "consideração proporcional" de cada força partidária.
"Não estamos pelos lugares. Não estamos pela matemática. Estamos sim por um ideal e por um projeto político e isso é que nos move", advogou Bolieiro.
O social-democrata realçou que o objetivo da Aliança Democrática é reforçar o "projeto político" que governa os Açores.
"A nossa causa é obviamente a consolidação deste projeto político de governação dos Açores também na sua defesa nacional através da participação desse projeto político na Assembleia da República", apontou.
Bolieiro destacou que a coligação foi realizada com "total autonomia" e "absoluta independência" dos órgãos regionais face às estruturas nacionais dos três partidos.
O centrista Artur Lima reforçou que "nem o CDS nem o PPM exigiram nenhum lugar" nas listas ao "PSD, partido maioritário" da coligação.
"O que eu acho que nos distingue da maneira de estar na política é que nós não estamos aqui por lugares. Estamos por projetos. E o projeto tem de ser um projeto vencedor que dignifique a Região Autónoma dos Açores na Assembleia da República. É isso que nos interessa", afirmou o também vice-presidente do executivo açoriano.
Já o líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, considerou que o objetivo da coligação é eleger três deputados à Assembleia da República.
"Não temos nenhuma exigência de lugares. Temos a dimensão que temos", assinalou Estêvão, que disse que o "posicionamento do partido" é "ajudar neste projeto comum".
Os Açores elegem cinco deputados para a Assembleia da República, sendo que nas últimas legislativas três foram eleitos pelo PS e dois pelo PSD.
Leia Também: CDU repete Alma Rivera e Duarte Alves por Lisboa, João Ferreira em 10.º
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com