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Eleições europeias são cruciais para travar populismos

As forças populistas e eurocéticas vão aproveitar ao máximo as eleições europeias de maio pelo que combater essas tendências exige uma participação maciça dos cidadãos, defenderam hoje políticos europeus.

Eleições europeias são cruciais para travar populismos
Notícias ao Minuto

11:59 - 28/02/14 por Lusa

Política Político

O calendário eleitoral europeu foi hoje um dos temas em debate em Madrid, numa conferência organizada pelo Berggruen Institute on Governance (BIG) e em que estão em debate europeus.

Políticos europeus de vários quadrantes analisaram, entre outros temas, o aumento do populismo e das forças eurocéticas, o que pode, sublinharam, por em risco todo o espaço europeu.

"As eleições europeias são magníficas para castigar governos, os grandes partidos e essa Europa que se vê como madrasta que nos castigou, especialmente no sul. Como se combate isso? Garantindo que os pró-europeístas vão votar", disse o líder socialista espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba.

"Temos que convencer as pessoas de que o problema não é a Europa, mas uma certa política europeia. E que a saída depende da Europa. E que sim, temos que mudar e fazer as coisas diferentes e de forma mais rápida", disse.

Para Rubalcaba, é igualmente vital "convencer o resto da Europa de que sem o sul não se vai a lado nenhum" e que os movimentos populistas, que são "anti-imigração e antieuropeus" resultam de erros na política europeia e da tensão criada entre o norte e o sul.

Michel Barnier, vice-presidente do Partido Popular Europeu, manifestou-se igualmente muito crítico face à "demagogia, o nacionalismo e o populismo", ainda que seja importante escutar os cidadãos que votam nas forças populistas.

"Na batalha contra o populismo, não basta criticar é preciso responder com reformas e mudanças", disse o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros francês.

"Temos que restabelecer a confiança entre nós porque entre muitos países não se respeitam algumas regras do euro e falta confiança. E temos que falar de política que interessa às pessoas: digital, industrial, energética e outra", afirmou.

Guy Verhofstadt, da Aliança de Liberais e Democratas pela Europa (ALDE), também aludiu aos erros na gestão da crise, considerando que a situação que se vive hoje na Europa é "de natureza económica, mas sobretudo de natureza política".

O desafio do voto a 25 de maio, disse, é convencer as pessoas de que "é um erro profundo entrincheirar-se dentro das fronteiras nacionalistas".

Monica Frassoni, dos Verdes europeus, insistiu que não se pode pensar que os antieuropeus estão a ganhar, mas que, para isso, é necessário ser empenhado e evitar a submissão.

Para Íñigo Méndez de Vigo, secretário de Estado dos Assuntos Europeus espanhol, é essencial deixar de lado o discurso derrotista, já que "dizer que tudo é um desastre, dá armas aos populistas".

"Estamos representados por diferentes partidos, mas o consenso une-nos. A Europa constrói-se à base de acordos", disse.

Méndez de Vigo recordou ainda que em maio os eleitores europeus votarão, pela primeira vez de forma indireta, quem será o próximo presidente da Comissão Europeia, algo que dá ao sufrágio "grande importância".

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