PSD solicita audiências a partidos e parceiros
A Comissão Política do PSD decidiu hoje solicitar audiências a todos os partidos com assento parlamentar e aos parceiros sociais para também "iniciar uma linha de diálogo" institucional e partidário apesar de notar "sinais negativos" no PS.
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"Desejamos que essas audiências e esses encontros se transformem numa oportunidade para iniciar-se uma linha de diálogo político-institucional e partidária em volta de temas que sejam centrais para a construção dos consensos que são indispensáveis", afirmou o vice-presidente do PSD, Marco António Costa.
O dirigente falava em conferência de imprensa na sede do partido, Lisboa, para apresentar as conclusões da primeira reunião da comissão política após o XXXV Congresso, que se realizou no passado fim de semana.
As audiências visam apresentar as conclusões do XXXV Congresso do PSD e serão solicitadas esta semana, adiantou o dirigente social-democrata, assegurando uma postura de "boa-fé" por parte dos sociais-democratas e a necessidade de "colocar o interesse nacional acima do taticismo e calculismo político".
Marco António Costa disse que a comissão política do PSD analisou as jornadas parlamentares do PS e manifestou "preocupação" face aos "sinais negativos que emergem" no Partido Socialista.
"São o contrário daquilo que os portugueses desejam. Esta atitude de intransigência absoluta relativamente à construção do diálogo e de afastamento relativamente ao consenso, entendemos que são sinais negativos que emergem das jornadas parlamentares", afirmou.
O dirigente disse que o PSD irá continuar "na linha de busca de um diálogo político-partidário que seja capaz de vencer a teimosia e receio que o PS manifesta" e citou "vozes no PS como o dr. António Costa" que "disse de forma clara ver grande relevância política num grande consenso social em Portugal".
Ao contrário, acrescentou, a atual direção política do PS tem um "discurso irrealista" que "raia o populismo e assenta numa base praticamente demagógica" sobretudo em relação às matérias europeias.
"É uma mensagem simplista de que todos os problemas que o país atravessa se resolveriam num passe de mágica através de soluções europeias. O que temos encontrado é a negação deste discurso na própria família política do PS", disse o coordenador da comissão política do PSD.
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