Em declarações aos jornalistas, à entrada para o Coliseu dos Recreios de Lisboa, cerca das 17:00, Luís Filipe Menezes afirmou que decidiu vir ao XXXV Congresso Nacional do PSD porque tem esse direito e esse dever: "Eu nunca fiquei calado. Se tiver oportunidade de falar, darei a minha opinião sobre a situação atual do partido".
O ex-presidente da Câmara Municipal de Gaia recusou que este seja para si um local de má memória, contrapondo: "É um local ótimo, excelente. Se falar, terei oportunidade de falar desse discurso fantástico".
Luís Filipe Menezes aludia à intervenção que fez no XVII Congresso Nacional do PSD, realizado entre 17 e 19 de fevereiro de 1995, quando chegava ao fim a chamada década do "cavaquismo", em que afirmou que a vitória de Durão Barroso sobre Fernando Nogueira seria o triunfo de um "eixo sulista, elitista e liberal".
Muitos congressistas apuparam-no e, na sequência desse episódio, renunciou à vice-presidência do partido que lhe tinha sido proposta por Fernando Nogueira.
Interrogado se o atual PSD é "elitista, sulista e liberal", Luís Filipe Menezes sorriu com a pergunta e entrou no átrio do Coliseu.
Já dentro da sala de espetáculos, sentou-se junto ao presidente do partido, Pedro Passos Coelho, com quem disse aos jornalistas que mantém uma "ótima relação".