"Como é possível a IL ter criticado o PCP e agora ainda fazer pior do que os comunistas?", questionou, este domingo, o líder do PSD, numa publicação feita através das redes sociais, referindo-se ao 'Arraial Liberal', promovido pelo partido no sábado, em Santos, Lisboa.

Rui Rio relembra, assim, as duras críticas que foram dirigidas ao PCP por altura da realização do XXI congresso, no final de novembro, em Loures, quando já tinha realizado a Festa do Avante!, na Quinta da Atalaia, no primeiro fim-de-semana de setembro de 2020.

O 'Arraial Liberal' acolheu "algumas centenas de pessoas", segundo indicou a agência Lusa, entre apoiantes da Iniciativa Liberal, turistas estrangeiros e outros cidadãos anónimos, apesar da Câmara Municipal de Lisboa ter cancelado os festejos. O arraial comício ocupou o Largo Vitorino Damásio com dezenas de mesas, quiosques de venda de bebidas, assim como assadores para sardinhas e bifanas.

"Para vencermos a COVID-19 temos de ter todos respeito pelos outros e sentido da responsabilidade. Assim, não! A arrogância não é arma contra a pandemia, nem a favor da recuperação económica", acrescenta o social-democrata, na mesma publicação, onde acrescenta uma fotografia do evento.

Como é possível a IL ter criticado o PCP e agora ainda fazer pior do que os comunistas?
Para vencermos a COVID-19 temos de ter todos respeito pelos outros e sentido da responsabilidade. Assim, não! A arrogância não é arma contra a pandemia, nem a favor da recuperação económica. pic.twitter.com/2VsZdSHgb4

— Rui Rio (@RuiRioPSD) June 13, 2021

Recorde-se que o Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, António Carlos da Silva, mostrou-se "desfavorável relativamente a todas as atividades que extravasem o referido comício político". "Atendendo ao princípio de precaução em saúde pública, e pela situação epidemiológica atual na cidade de Lisboa, a mesma não deverá ocorrer e ser adiada", defendeu.

Em agosto de 2020, depois de o PCP ter decidido manter a realização da Festa do Avante!, o presidente e único deputado da IL, João Cotrim de Figueiredo, apresentou na Assembleia da República um requerimento para que fosse divulgado na íntegra o parecer da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre aquela iniciativa.

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