Covid-19. PSD pede audição urgente do Ministro da Educação
Na possibilidade de voltar a ser adotado o ensino à distância, a bancada parlamentar social-democrata alerta que o Governo não se preparou para esta possibilidade ao contrário do que tinha prometido e quer saber qual será a situação das escolas a partir de 5 de fevereiro.
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Política Covid-19
O Grupo Parlamentar do PSD entregou, esta segunda-feira, um requerimento a pedir a realização de uma "audição com a maior urgência possível" com o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, pela Comissão de Educação, Ciência, Desporto e Juventude.
O pedido de audição surge depois de os deputados terem tido a informação, através das notícias de hoje, que as escolas estarão a preparar "aulas online" para depois do período de suspensão das atividades letivas e não letivas, que termina a 5 de fevereiro, caso se mantenha o confinamento geral.
Recordando que o ministro da Educação tinha, já em maio do ano passado, reconhecido que o Governo teria de se preparar para uma conjugação entre o ensino à distância e o ensino presencial caso houvesse outro confinamento no inverno, os parlamentares sociais-democratas sublinham que, ao que tudo indica, essa preparação não ocorreu.
"Os diretores das escolas queixam-se da falta de 300 mil computadores e de técnicos de informática. A capacitação dos docentes em ferramentas digitais ainda não teve início. A produção de conteúdos específicos e de ferramentas adicionais para o acompanhamento dos alunos não saiu do papel. Um conjunto de bloqueios e falhas estruturais e graves que não poderão ser contornas ou resolvidas em apenas duas semanas", justifica o PSD.
O grupo parlamentar esclareceu ainda que quer, portanto, perguntar a Tiago Brandão Rodrigues "o mesmo que querem 'todos os diretores, professores, alunos e toda a comunidade educativa' sobre "o que é vai acontecer a partir do dia 5 de fevereiro se o confinamento se mantiver". "Qual o plano do Governo para que as escolas garantam o ensino a todos os alunos e ninguém fique para trás?", questionam os parlamentares da bancada 'laranja'.
O presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) revelou, esta segunda-feira, que o Executivo mandou preparar aulas à distância. "Não oficialmente, mas informalmente, a CNIPE teve conhecimento dessa missiva [ensino à distância] no dia a seguir à orientação de encerramento das escolas. Portanto, houve essa intenção do Governo", afirmou Rui Martins.
Durante a mesma intervenção, o líder da CNIPE aproveitou para recordar que a confederação promoveu junto dos pais dois inquéritos online, a 12 e a 19 de janeiro, que revelaram que "cerca de 84% pretendia, em primeiro lugar, o encerramento das escolas e, em segundo lugar, que fosse garantido o ensino à distância".
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