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Líder do CDS promete retirar as suas "próprias ilações" das autárquicas

Francisco Rodrigues dos Santos foi questionado se "atira a toalha ao chão" caso o CDS tenha um mau resultado nas autárquicas.

Líder do CDS promete retirar as suas "próprias ilações" das autárquicas
Notícias ao Minuto

13:36 - 16/01/21 por Lusa

Política Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS-PP prometeu tirar as suas "próprias ilações" do resultado do partido nas eleições autárquicas deste ano, afirmando que deixará a liderança quando entender que está "a mais".

Em entrevista ao Diário de Notícias, publicada hoje, Francisco Rodrigues dos Santos foi questionado se "atira a toalha ao chão" caso o CDS tenha um mau resultado nas autárquicas.

"Quando chegar a altura de medir o êxito do CDS nas eleições autárquicas tirarei as minhas próprias ilações", respondeu.

O presidente do CDS-PP lembrou que tem "um percurso profissional académico e na advocacia" e "oportunidades de trabalho fora da política", que na sua opinião "deve ser vista como uma missão".

"E sinto que não quero ter uma vida exclusivamente dedicada à atividade política. Estou completamente solto e livre nessa cadeira. E no dia em que entender que estou a mais, ou que o meu contributo não é aquele que melhor serve os interesses do partido, serei o primeiro a interpretar essa necessidade de abandonar as minhas funções", adiantou.

No entanto, não coloca essa hipótese de momento: "Agora não é isso que eu sinto. Temos uma proposta muito clara para os portugueses, uma direita de futuro".

Na entrevista, Francisco Rodrigues dos Santos mostrou-se convicto de que "PSD e CDS juntos podem ganhar as eleições na Câmara de Lisboa", e apontou que "isso passa por um diálogo estruturado entre os dois partidos, uma capacidade de gerar consensos".

"O CDS foi um partido que teve um resultado extraordinário há quatro anos. Estou em conversações com o presidente do PSD para que consigamos chegar a essa plataforma de entendimento. Há vários cenários em cima da mesa e vamos utilizar a estratégia que for mais adequada para derrotar o PS", salientou.

O presidente centrista insistiu que a ex-líder do partido e vereadora na capital, Assunção Cristas, "é sem dúvida um nome forte para concorrer à Câmara Municipal de Lisboa", caso "assim queira e tenha disponibilidade para assumir esse compromisso com o partido", mas ressalvou que isso "é o que falta saber".

Recentemente, em declarações ao Expresso, Assunção Cristas disse que "não é o momento para se falar de autárquicas".

Já sobre as restantes autarquias, o presidente do CDS-PP recusou adiantar que nomes estão em cima da mesa, ressalvando que "na política o segredo é a alma do negócio".

"Uns passarão por listas próprias, outras com entendimentos à direita, com o PSD. E, claro, nós tentaremos escolher gente com perfil que possa ajudar o CDS a aumentar o número de autarcas eleitos no país -- já são vastas centenas -- em manter as suas câmaras municipais -- que são seis -- e em tentar, aqui ou ali, conseguir fazer uma gracinha e termos novas medalhas para adicionar ao espólio autárquico do nosso partido", acrescentou.

Sobre as críticas internas de que a sua direção tem sido alvo, Rodrigues dos Santos salientou que, desde que foi eleito, há cerca de um ano, apelou "à unidade e à coesão" do partido, mas o CDS é "uma locomotiva em andamento, há aqueles que querem entrar no comboio e aqueles querem ficar na estação"

"Agora, eu quero contar com todos e acho que o caminho é em frente. Devemos estar preparados para falar a uma só voz e não desgastar o partido publicamente em querelas e trincas, que, muitas delas, mais não têm que ver do que com o ego e o interesse pessoal", alertou.

O presidente indicou igualmente que vai ouvir "algumas personalidades de outras sensibilidades do partido, embora minoritárias", para saber "qual é a sua opinião, para as comprometer também com estratégia futura do partido", e ainda para perceber qual "a sua disponibilidade para representar" o CDS-PP nas autárquicas do final do ano.

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