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Rio diz que nem com alterações na especialidade OE fica em condições

O líder do PSD afirmou no domingo que "por muitas alterações" que sejam feitas na especialidade, o Orçamento do Estado para 2021 não fica em condições, o que deverá resultar na repetição do voto contra na votação final global.

Rio diz que nem com alterações na especialidade OE fica em condições
Notícias ao Minuto

06:50 - 26/10/20 por Lusa

Política OE2021

Durante a conferência de imprensa na sede do PSD/Porto para reagir aos resultados das eleições regionais dos Açores, o presidente do PSD, Rui Rio, foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de o partido poder vir a votar de forma diferente na votação final global do OE2021, depois te já anunciado o voto contra na generalidade.

"Em tese, tudo é possível, mas é só em tese. Na prática, se nós analisarmos, quando votamos contra um orçamento na generalidade, na prática estamos a dizer que nem vale a pena baixar à especialidade porque, por mais que se mude, nunca muda o suficiente para ficar em condições", respondeu.

Assim, de acordo com Rio, o PSD vai votar contra na generalidade "na convicção de que, por mais alterações que se possam fazer na especialidade", o documento "não vai ficar em condições de fazer aquilo" que os sociais-democratas consideram que "deve ser feito".

"Não se consegue transformar um orçamento de distribuição e que praticamente não olha para as empresas, o que é absolutamente vital, num orçamento que passa a olhar fundamentalmente para as empresas. Não acredito que isso possa acontecer", antecipou.

O Governo e o PS ainda precisam de garantir mais uma abstenção para aprovar, na generalidade, o Orçamento de 2021, depois de o Bloco de Esquerda ter hoje anunciado um "não" e o PAN a abstenção.

Olhando à composição da Assembleia da República, poderá ser o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) ou a deputada não inscrita Cristina Rodrigues (ex-PAN) a dar essa votação, à justa, já que a outra deputada não inscrita Joacine Katar Moreira (ex-Livre) anunciou no domingo que não inviabiliza o orçamento, estando entre a abstenção e o voto a favor.

O PS, com 108 deputados, precisa de oito votos de outras bancadas ou de 15 abstenções para fazer passar o orçamento.

Do lado do "chumbo", e depois do "não" do BE, anunciado no domingo, contabilizam-se 105 votos -- 79 do PSD, 19 do Bloco, cinco do CDS, um do Chega e outro da Iniciativa Liberal (IL)

O PCP, com 10 deputados, foi o primeiro a anunciar que vai abster-se, na sexta-feira.

No domingo, o PAN, que tem três deputados, revelou ter optado pela abstenção, e assim o Governo estava a dois votos de fazer passar a proposta.

O debate do Orçamento do Estado de 2021 no parlamento está agendado para terça-feira e quarta-feira, sendo votado, na generalidade, no último dia.

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