Presidenciais: "Gestão do PS não tem sido propriamente feliz", diz Vital
Vital Moreira acredita que o mais provável é o PS acabe por decidir não ter posição oficial relativamente às Presidenciais, "para não estabelecer uma clivagem política dentro do Partido e deixe liberdade de voto aos seus membros".
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Política Presidenciais
Confrontado com o tema das Presidenciais, o ministro Pedro Nuno Santos afirmou esta quarta-feira que quem deve definir a posição socialista é o PS e não o Governo. Concordando com esta tese, Vital Moreira critica que tanto o ministro das Infraestruturas como o ministro dos Negócios Estrangeiros tenham quebrado a discrição pública relativamente ao tema pedida por António Costa.
"Deveriam abster-se de se pronunciar publicamente sobre o assunto enquanto ministros ou fora do âmbito partidário. O facto de serem membros do Governo não lhes confere nenhuma posição qualificada sobre os demais militantes no debate que se impõe", comenta o constitucionalista num artigo de opinião publicado no blogue Causa Nossa, acrescentando que o mesmo "vale para outros titulares de cargos públicos do PS".
E António Costa, apesar de ter pedido aos membros do Governo discrição pública sobre o tema, o próprio quebrou a regra quando antecipou publicamente, enquanto primeiro-ministro, a recondução de Marcelo Rebelo de Sousa, "com os equívocos que essa intempestiva declaração gerou", lembra Vital.
Considerando que "a gestão da candidatura presidencial pela liderança do PS não tem sido propriamente feliz", o constitucionalista acredita que o PS vai acabar por decidir não ter posição oficial, "para não estabelecer uma clivagem política dentro do partido" e "deixe liberdade de voto aos seus membros, o que, aliás, nem seria inédito".
Pedro Nuno Santos, recorde-se, falava aos jornalistas em Sines, distrito de Setúbal, depois de confrontado pelos jornalistas com declarações proferidas na véspera pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em entrevista à TVI, durante a qual elogiou o mandato do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e considerou que Ana Gomes não é um boa candidata presidencial para ser apoiada pelo PS.
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