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CDS diz estar a acompanhar dossiê das coligações autárquicas com o PSD

O secretário-geral do CDS-PP salientou hoje que o parceiro preferencial de coligação dos centristas é o PSD e adiantou que o dossiê dos acordos para as autárquicas do próximo ano "está a ser acompanhado" pelas direções dos dois partidos.

CDS diz estar a acompanhar dossiê das coligações autárquicas com o PSD
Notícias ao Minuto

13:26 - 23/09/20 por Lusa

Política Partidos

"No CDS nós somos institucionalistas, e portanto este é um dossiê que está a ser acompanhado pelas direções de ambos os partidos e, obviamente, não andamos a reboque de artigos de opinião ou de jornal", afirmou Francisco Tavares.

O secretário-geral do CDS comentava à agência Lusa o desafio deixado pelo líder da JSD, Alexandre Poço, aos presidentes do PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal, para um acordo de centro-direita, de âmbito nacional, nas eleições autárquicas de 2021.

Francisco Tavares apontou que "o PSD e o CDS são partidos obviamente com uma forte implantação a nível nacional, com fortes tradições autárquicas, de cooperação".

Salientou também que o PSD é o "parceiro preferencial" dos centristas e com quem querem "manter essas fortes ligações históricas de cooperação".

"O CDS, desde o início que foi claro nesta matéria e, logo a seguir ao nosso congresso [em janeiro], fomos ter com o PSD e desafiámo-lo para uma aliança autárquica com um objetivo muito claro, de derrotar o maior número de câmaras governadas pela esquerda", e "manter aquelas que são as 20 câmaras que são governadas por PSD e CDS", observou.

"O engenheiro Adelino Amaro da Costa tinha uma frase muito curiosa, dizia que as autarquias estão para os partidos democratas-cristãos como os sindicatos estão para os partidos comunistas. Acreditando muito nesta frase do engenheiro Adelino Amaro da Costa, eu acredito que o crescimento do CDS passará, a curto prazo, por este alicerce no poder local", defendeu o democrata-cristão.

Questionado se a Iniciativa Liberal teria lugar nessa aliança, o dirigente foi taxativo: "No que toca à Iniciativa Liberal, o parceiro preferencial do CDS é o Partido Social Democrata, e é com ele que pretendemos trabalhar com vista a conquistar o maior número de câmaras à esquerda que for possível".

"Aquilo que nós pretendemos é que sempre que esteja em causa a conquista de uma câmara à esquerda, e que para essa conquista o PSD e o CDS consigam estar coligados, devemos coligar-nos para conseguir garantir essa conquista da câmara", insistiu.

Na carta, o líder da Juventude Social Democrata alerta que o debate político está cada vez mais extremado e populista.

"Este acordo, que proponho e pelo qual lutarei dentro do meu partido, olha para as próximas autárquicas como as primeiras eleições -- e por isso, as mais fundamentais -- em que vamos a jogo num clima extremado, populista e perigoso", escreve Alexandre Poço, numa carta aberta dirigida a Rui Rio, Francisco Rodrigues dos Santos e João Cotrim Figueiredo e divulgada hoje pelo jornal I.

O líder da JSD sublinha a "mudança acelerada em que o sistema partidário português se encontra", dizendo que esta transformou o debate político "numa discussão extremada e populista, onde parece prevalecer quem grita mais alto ou quem insulta com mais intensidade os adversários".

"O bom senso e a moderação não têm tido dias fáceis. Os populistas ganham força, contaminam o debate com soluções simples e miraculosas para problemas complexos", insiste Alexandre Poço.

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