PS acusa PSD de "política baixa" com presidente de Conselho Metropolitano
A Federação Distrital do PS/Porto acusou hoje o PSD de assumir "uma atitude política baixa" e de procurar "confundir a opinião pública, revelando má consciência, ignorância e falta de educação" em relação ao presidente do Conselho Metropolitano.
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Política PS/Porto
Na quarta-feira, a Distrital do Porto do PSD exigiu a demissão imediata do presidente do Conselho Metropolitano, acusando o socialista Eduardo Vítor Rodrigues de demonstrar "incompetência, opacidade e inépcia" na condução do dossiê relacionado com a extensão do metro.
O PSD/Porto considerou que Eduardo Vítor Rodrigues geriu, recentemente, o protocolo sobre a expansão do Metro do Porto de forma "apressada e improvisada", considerando que esta "foi a gota de água, num processo que se arrasta há demasiado tempo".
Em resposta ao PSD, a distrital socialista reafirma, hoje, em comunicado, a sua "total confiança" em Eduardo Vítor Rodrigues e o "apoio incondicional à liderança esclarecida que tem exercido na Área Metropolitana do Porto, lamentando profundamente o comunicado terrorista da Comissão Política Distrital do PSD que o ataca, nos planos político e pessoal".
"O PSD demonstra a culpa de quem, durante os anos da sua governação, no país e na Área Metropolitana, foi cúmplice da decisão de não realizar qualquer expansão do sistema de metro do Porto e da não alocação de financiamento para esse objetivo no atual quadro comunitário de apoio. Continuamos ainda hoje a pagar por essa decisão irresponsável, que lesa gravemente a região", sublinha o PS/Porto.
Segundo a distrital socialista, "o PSD revela ainda ignorância, porque desconhece que o acordo entre o Governo, representado pela Metro do Porto, a Área Metropolitana e os municípios, tendo em vista os estudos relativos à expansão da rede de metro, foi subscrito por todos os municípios envolvidos, os que são liderados pelo PS (Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Gondomar), por independentes (Porto e Vila do Conde) e pelo próprio PSD (Maia, Póvoa de Varzim e Trofa)".
"Esse amplo consenso evidencia a capacidade de liderança de Eduardo Vítor Rodrigues e mostra a incoerência do PSD, que até desautoriza os seus próprios autarcas", refere a distrital do PS/Porto, liderada por Manuel Pizarro.
Considera ainda que "o PSD atua com falta de educação e de cultura democrática. Só assim se pode entender a tentativa de ataque ao caráter de um autarca como Eduardo Vítor Rodrigues que arrancou a Área Metropolitana da letargia em que ela estava submersa, liderando projetos essenciais para a promoção do desenvolvimento e da qualidade de vida dos cidadãos. Exemplos disso são a implementação do passe único, o lançamento do concurso para o transporte público e, agora, a assinatura de um acordo com o Governo para o estudo da expansão da linha do metro".
No comunicado enviado na quarta-feira, o PSD/Porto, liderado por Alberto Machado, considera que "Eduardo Vítor Rodrigues não tem visão e não revela capacidade de liderança para gerir os interesses da AMP, nem para reivindicar o necessário investimento para projetar e desenvolver os 17 municípios que a constituem. A prová-lo está a ausência de nove dos 17 presidentes de câmara da AMP na cerimónia de assinatura deste protocolo inútil".
A distrital social-democrata acusou o socialista, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, de "incompetência, opacidade e inépcia" na gestão na gestão de um processo que considera ser "talvez um dos mais importantes desde a fundação da AMP", mas que foi, refere o comunicado, "congeminado por um par de autarcas e pela Metro do Porto, sob orientação do Ministério do Ambiente".
"Foi só mais uma demonstração da falta de empenhamento e interesse, que se vem somar a um vastíssimo conjunto de situações obscuras e pouco transparentes, que têm gerado mal-estar entre a maioria dos municípios da Área Metropolitana. A AMP é hoje, infelizmente, gerida a partir de Lisboa, comandada por dois ou três presidentes de Câmara, da mesma cor política do Governo, que a troco de meia dúzia de obras, têm vendido a alma do Norte", continua o PSD/Porto.
Para a estrutura social-democrata é, assim, "urgente" que Eduardo Vítor Rodrigues "se demita das funções" que considera que o autarca "não as soube honrar".
A agência Lusa contactou quarta-feira o presidente da AMP, tendo Eduardo Vítor Rodrigues respondido: "Só posso acreditar que o espírito de Carnaval se prolongou por mais um dia para o PSD Porto".
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