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CDS-PP recorda Pulido Valente e lamenta "perda irreparável"

A direção do CDS-PP lamentou hoje a morte de Vasco Pulido Valente, um "homem livre" que será recordado como um "pensador notável" e um "embaixador ímpar da língua portuguesa", considerando que se trata de uma "perda irreparável".

CDS-PP recorda Pulido Valente e lamenta "perda irreparável"
Notícias ao Minuto

21:10 - 21/02/20 por Lusa

Política Pulido Valente

O historiador e colunista Vasco Pulido Valente morreu hoje, em Lisboa, aos 78 anos.

Numa nota enviada à agência Lusa, a direção do CDS recorda-o como "historiador, ensaísta, professor, jornalista e analista político", mas, "sobretudo, [como] um homem livre".

"Livre das convenções do politicamente correto, livre da necessidade geral de agradar a quem o ouvia, livre das amarras de quem espera reconhecimento, desafiou com liberdade a classe política e agitou com humor as conceções dominantes", salienta o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos.

Na opinião dos centristas, Vasco Pulido Valente "ficará gravado" na "memória coletiva" como "um pensador notável e um embaixador ímpar da língua portuguesa".

"Brilhante, de pensamento lúcido e de uma argúcia desconcertante, Vasco Pulido Valente marcou profundamente o seu tempo, e a sua partida representa uma perda irreparável na vida política e cultural portuguesas", salienta a nota da direção do CDS, que "lamenta profundamente" a morte do historiador e apresenta à sua família "as mais sentidas condolências".

De nome Vasco Valente Correia Guedes, o ensaísta nasceu em 21 de novembro de 1941, licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em História pela Universidade de Oxford.

Ainda adolescente adotou o nome de Vasco Pulido Valente por não gostar do nome de nascimento, como chegou a revelar em entrevistas.

Trabalhou como investigador-coordenador do Instituto de Ciências Sociais e lecionou no Instituto Superior de Iconomia (atual ISEG), no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, na Universidade Católica e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

Foi colunista dos jornais Público, Expresso, Diário de Notícias, A Tarde, O Independente e do O Observador.

Trabalhou ainda como comentador da TSF, da Rádio Comercial e da TVI.

Entre os livros que publicou, contam-se "Os Militares e a Política: 1820-1856", "A República Velha: 1910-1917", "Marcelo Caetano: As Desventuras da Razão", "De Mal a Pior" e "O Fundo da Gaveta", estes dois últimos, os mais recentes, publicados pela D. Quixote.

Uma crónica sua, no Público, sobre o estado do PS, no verão de 2014, intitulada "A Geringonça", viria a estar na origem da caracterização feita mais tarde por Paulo Portas sobre os acordos entre PS, Bloco de Esquerda, PCP e PEV, que viriam a sustentar a constituição do XXI Governo Constitucional.

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