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BE questiona Governo sobre descargas e construções no rio Lima

A deputada do Bloco de Esquerda, Maria Manuel Rola, disse hoje à Lusa que vai questionar o Ministério do Ambiente sobre "descargas ilegais" e "intervenções desastrosas", no rio Lima, em Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo.

BE questiona Governo sobre descargas e construções no rio Lima
Notícias ao Minuto

18:20 - 04/02/20 por Lusa

Política Ponte de Lima

Maria Manuel Rola explicou que aquelas "preocupações" resultam de uma reunião que manteve, na semana passada, naquele concelho, com o Movimento para a defesa do Rio Lima (MOLIMA), onde se inteirou "da qualidade da água do rio Lima e seus afluentes, nomeadamente do Labruja".

"O Bloco de Esquerda (BE) está preocupado com a qualidade da água do rio Lima e dos seus afluentes, devido às sucessivas descargas no rio Labruja e ao mau funcionamento de algumas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR)", afirmou.

Referiu ainda que "com ETARs que funcionam mal, com descargas ilegais, com um alegado colapso da indústria da pedra e com intervenções desastrosas na vida corrente do rio Lima, fica dificultada a pesca e o rio artificializado, desnecessariamente".

Maria Manuel Rola realçou ainda "as construções em leito de cheia, nomeadamente a ciclovia e o estacionamento na zona do areal", no centro da vila de Ponte de Lima.

"Lamentamos, que a autarquia não dê a importância devida ao rio e às suas margens, transformando-as em parque de estacionamento e construindo uma ecopista que não passa de uma aquapista. O Bloco defende que tem de haver um plano de proteção do rio Lima e seus afluentes, identificando todos os focos de poluição, responsabilizando os infratores, protegendo toda a fauna e flora e devolvendo as margens do rio ao lazer", sublinhou.

A deputada do BE criticou ainda "a privatização da água, que trará aumentos para os munícipes de Ponte de Lima e para a região e, como temos vindo a perceber pela experiência em outros locais, piorará a qualidade do serviço", referindo-se à Águas do Alto Minho, empresa detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito - Ponte da Barca, Monção e Melgaço - reprovaram a constituição daquela parceria.

A nova empresa começou a operar em janeiro, cobrindo "uma área de 1.585 quilómetros quadrados, e está dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, a cerca de 100 mil clientes e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes".

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