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"Direita" só derrota o PS se tiver apoio do Bloco, PCP e PAN

O primeiro-ministro apontou hoje que, no novo quadro político que resultou das eleições legislativas, a "direita" toda junta só pode derrotar o PS se somar os seus votos aos do PAN e das bancadas à esquerda dos socialistas.

"Direita" só derrota o PS se tiver apoio do Bloco, PCP e PAN
Notícias ao Minuto

11:47 - 30/10/19 por Lusa

Política Governo

António Costa fez esta referência ao novo quadro político saído das últimas eleições legislativas no debate do programa do Governo, na Assembleia da República, em resposta a uma interpelação feita pela líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes.

De acordo com o líder do executivo, nas últimas eleições legislativas, os portugueses manifestaram querer "a prossecução da mesma solução política, tendo o PS mais forte no parlamento".

"A Direita toda junta só poderá derrotar o PS nesta Assembleia da República se conseguir somar aos seus votos os do PAN e de toda a esquerda. Sem os votos de toda a Esquerda e do PAN, a direita não vence ao PS", declarou o líder do executivo.

António Costa fez depois questão de sustentar que este dado que referiu "não é aritmético mas político". "Significa que os portugueses disseram que querem uma democracia viva, onde haja um Governo do PS ancorado no seu espaço político próprio, que é a esquerda. Os portugueses querem também uma alternativa clara polarizada à direita pelo PSD", considerou.

De acordo com o primeiro-ministro, importa que se assegure "estabilidade ao longo dos próximos quatro anos". "Não tenho dúvidas que o dever de promover o diálogo e o compromisso cabe a quem ganha a eleição. É essa a postura que estaremos na Assembleia da República, com humildade democrática e com o mesmo espírito no sentido de construir soluções que permitam dar continuidade à mudança", disse.

Neste ponto, António Costa desvalorizou a ausência de qualquer acordo escrito entre o PS e os seus parceiros na anterior legislatura.

"O que garantiu a durabilidade da anterior solução governativa não foi por ter assentado em papel passado. Esses papeis esgotaram-se aliás em dois anos de legislatura. E, se tivermos uma legislatura de quatro anos, foi porque em conjunto fomos muito além daquilo que tínhamos assinado nas posições conjuntas", acrescentou.

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