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"Vozes que são ouvindo dão lastro para pôr em causa direito à greve"

Jerónimo de Sousa sublinha que o PCP está "solidário" com os trabalhadores e "com as suas reivindicações", neste que é o quarto dia da greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias.

"Vozes que são ouvindo dão lastro para pôr em causa direito à greve"

"O PCP éstá inteiramente solidário com os trabalhadores do setor e com as suas reivindicações", disse esta tarde de quinta-feira Jerónimo de Sousa, a falar com os jornalistas a partir do Algarve, onde se encontra para apresentar o cabeça de lista da CDU pelo distrito de Faro à Assembleia da República, Tiago Raposo.

O secretário-geral adverte, porém, para o risco da paralisação por tempo indeterminado.

"Não é, entretanto, possível iludir a operação que desenvolve e as vozes que se vão ouvindo a dar lastro para pôr em causa o direito à greve", acrescentou o secretário-geral do PCP, indicando que este caminho "vai sendo feito com uma greve decretada por tempo indeterminado, com uma argumentação que instrumentaliza reais problemas e o descontentamento dos motoristas".

O líder comunista não deixa só críticas aos "promotores" da greve, visando também a atuação do Governo, que foi adotando "medidas, serviços mínimos, requisição civil, entre outros desenvolvimentos, que limitam o direito a greve neste setor e são suscetíveis de uma invocação alargada".

O dirigente do PCP considerou ser necessário realizar uma "luta consequente, acompanhada de uma negociação coletiva, que resolva os problemas", mas que "reafirme a defesa do efetivo exercício do direito à greve", e remeteu para o processo negocial em curso entre os patrões da camionagem e a federação sindical da CGTP.

Recorde-se que a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP, assinaram na quarta-feira à noite um acordo relativo ao contrato coletivo de trabalho numa reunião no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa.

O acordo foi, porém, alvo de críticas por parte do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), que considerou que este foi feito à revelia dos motoristas.

Sublinhe-se que o Governo decretou uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

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