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PSD quer alunos do básico e do secundário a aprender primeiros socorros

O Partido Social Democrata deu entrada, esta segunda-feira, a um projeto de resolução que visa o ensino do suporte básico de vida e de desfibrilhação automática externa no 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do secundário.

PSD quer alunos do básico e do secundário a aprender primeiros socorros
Notícias ao Minuto

11:48 - 02/07/19 por Filipa Matias Pereira e Melissa Lopes

Política Projeto de resolução

Incluir o ensino do suporte básico de vida e de desfibrilhação automática externa (SBV-DAE) no currículo escolar dos alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do secundário em anos alternados é a proposta do PSD que, na segunda-feira, deu entrada a um projeto de resolução sobre a matéria.

No projeto de resolução a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o partido esclarece que estes conteúdos devem ser incorporados e "adaptados a cada escalão etário, por forma a garantir que os alunos tenham uma formação de dois em dois anos".

Além da formação sobre manuseamento dos desfibrilhadores automáticos, defende o PSD que esta formação "deverá incluir princípios básicos" relativos a uma situação de emergência, tais como contactar o 112, "o estreitamento da relação entre as escolas e as corporações de bombeiros, INEM e polícias locais". O objetivo é que "as crianças e jovens possam conhecer os rostos e procedimentos por detrás das respostas de emergência".

O partido realça ainda a necessidade de serem promovidas no currículo escolar "seis horas com 50% do tempo dedicado ao ensino prático do SBV com manequim e simulador de DAE, de preferência incorporado na disciplina de educação para a cidadania e saúde".

Para levar a cabo esta estratégia curricular, deve ser garantida "a formação dos professores e auxiliares de educação com SBV-DAE, certificada pelo INEM".

Na base deste projeto de resolução está o facto de, como recorda o partido, as estatísticas internacionais revelarem que, numa situação de paragem cardiorrespiratória, cada minuto perdido corresponder, em média, à perda entre 7% a 10% da probabilidade de sobrevivência. Para o PSD, não restam dúvidas "de que identificação da paragem cardiorrespiratória e o início do SBV são fundamentais para minimizar a perda de vidas humanas".

Sublinhe-se ainda que, em Portugal, "a taxa de sobrevivência da morte súbita cardíaca é muita baixa (menos de 3%), sobretudo em comparação com outros países europeus, onde a média de sobrevivência alcança os 20% ou 30%. Assim, em Portugal, existe uma vítima por hora, resultado em 10.000 pessoas por ano" - uma realidade que o PSD quer contornar.

A este respeito, recorde-se que também o PS elaborou um projeto de resolução onde se pretende que o ensino de suporte básico de vida (SBV) e de desfibrilhação automática externa (DAE) seja obrigatório por lei, nas escolas, para todos os alunos do ensino secundário.

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