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Rio defende que relação de Portugal com o Brasil está acima das simpatias

Rui Rio disse hoje que as relações institucionais de Portugal com o Brasil estão acima das simpatias políticas, numa entrevista concedida à Lusa no Brasil onde acompanhou as festividades do Dia de Portugal, Camões e da Comunidade Portuguesa.

Rio defende que relação de Portugal com o Brasil está acima das simpatias
Notícias ao Minuto

06:49 - 13/06/19 por Lusa

Política Dia de Portugal

"As relações institucionais de Portugal com o Brasil não podem de forma nenhuma serem afetadas pelas simpatias políticas ideológicas de quem em cada momento está no governo de um país ou do outro", disse.

"Em nada a cor política dos governantes deve afetar as relações entre Portugal e o Brasil, que tem que estar muito acima disso. Esta é a minha visão. Se perguntar em Portugal não é aquilo que os partidos à esquerda dirão, mas é a minha opinião", acrescentou.

O líder do PSD lembrou que houve setores muito críticos em Portugal após a eleição do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, mas considerou que os líderes políticos devem respeitar a vontade do povo brasileiro, independentemente de terem uma maior ou menor concordância num ponto de vista ou noutro.

Rio também avaliou que as relações institucionais dos dois países são estreitas "porque sempre foram estreitas e é impossível não serem, tamanha é a força da comunidade portuguesa aqui [no Brasil] e da comunidade brasileira em Portugal".

"É uma força tremenda que não há conjuntura política que as possa destruir. A conjuntura política pode forçar uma aproximação ou [uma relação] mais passiva, mais quieta", destacou.

Questionado se Portugal e Brasil aparentam ter hoje uma relação de proximidade ou de passividade, Rio não quis avaliar a qualidade desta dinâmica, mas frisou que "gostaria sempre que de parte a parte houvesse um esforço para que a aproximação amanhã [entre os dois países] fosse maior do que é hoje".

O presidente do PSD defendeu ainda que a política externa portuguesa tem que estar virada para a União Europeia e para os países do Atlântico com os quais tem uma afinidade histórica porque deixou legados culturais, principalmente a língua portuguesa.

"Nós temos a obrigação de estreitar estes laços porque eles são favoráveis. Se Portugal estiver totalmente virado para a Europa, vai tornar-se um país totalmente dependente dos ciclos políticos e económicos da Europa", disse.

Dentro deste raciocínio, Rio defendeu que Portugal mantenha também relações próximas com a frente atlântica e, assim, ter facilidade em desenvolver as trocas com o Brasil, Angola e os outros países da lusofonia.

"Só vejo com agrado tudo que seja estreitar estas relações e com desagrado tudo o que deixe de estreitar estas relações [com os países da lusofonia]", concluiu.

Rio iniciou uma viagem ao Brasil na última segunda-feira na cidade do Rio de Janeiro, onde conheceu o Gabinete Real de Leitura, conversou com empresários na Câmara de Comércio de Portugal e participou num encontro com o governador Wilson Witzel.

O líder do PSD chegou na quarta-feira ao estado de São Paulo, onde terá um encontro com o ex-Presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso e participará em eventos com a comunidade portuguesa da cidade de Santos e da capital 'paulista'.

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