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O voo de helicóptero e o "susto" na A1 que trava mas não pára o Aliança

Pedro Santana Lopes e Paulo Sande, as figuras mais destacadas do Aliança nestas Europeias, estiveram envolvidos em acidente na A1.

Notícias ao Minuto

08:55 - 16/05/19 por Pedro Filipe Pina

Política Santana Lopes em acidente

Em plena campanha para as Europeias, o partido Aliança viveu ontem um valente "susto", em plena A1.

Santana Lopes, líder do partido, e Paulo Sande, cabeça de lista nestas Europeias, seguiam de carro de Coimbra para Lisboa quando se viram envolvidos num despiste

O alerta para o acidente chegou às autoridades poucos minutos depois das 17h00. Uma viatura ligeira – um Lexus –tinha-se despistado e capotado ao longo do quilómetro 136 da A1, no sentido Norte-Sul, na zona de Pombal.

Paulo Sande saiu pelo próprio pé. Santana Lopes, porém, chegou a estar encarcerado. Apesar do "susto", ambos os políticos encontram-se a recuperar dos ferimentos.

"Vínhamos de Coimbra e, de repente, o carro que o dr. Santana Lopes conduzia saiu da estrada e, aparentemente, demos uma ou duas cambalhotas. Felizmente que o automóvel ia devagar, não íamos a muito mais de 120 km/hora. Foi um grande susto", relatou aos jornalistas, revelando que no Hospital Universitário de Coimbra ambos foram submetidos a vários exames: "Fiz mais exames hoje do que nos últimos cinco anos. Despistaram tudo", adiantou Paulo Sande após o aparatoso acidente.

Segundo o candidato do Aliança, o veículo seguia na autoestrada admitiu também que "cansaço" e "fadiga", em plena azáfama da campanha para as Europeias, terão tido o seu papel no acidente.

As imagens que pode ver na galeria acima mostram o carro acidentado para lá da berma, com a frente do veículo particularmente danificada, vidros quebrados e amolgadelas no teto do carro na sequência do capotamento.

O voo de helicóptero

Para o local do acidente foram mobilizados os bombeiros das corporações de Pombal e Soure, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar de Coimbra, uma patrulha da GNR e ainda um helicóptero do INEM de Santa Comba Dão. Este último - um meio aéreo - suscitou algumas dúvidas sobre se teria havido excesso de zelo.

A este propósito, fonte do INEM explicou ao Notícias ao Minuto como se processam geralmente estes casos e as razões pelas quais o helicóptero foi chamado.

“O helicóptero é sempre ativado”, explicou. “Se a equipa terrestre no local não verificar a necessidade do helicóptero, o mesmo é desmobilizado”. Neste caso, porém, o helicóptero “foi acionado porque o Centro de Orientação de Doentes Urgentes [CODU] recebeu a informação de que tinha havido um acidente grave, com capotamento e dois encarcerados”.

Já no local, a “equipa médica terrestre do INEM avaliou os dois feridos – só Pedro Santana Lopes estava encarcerado -, e comunicou os dados ao CODU", que, em conjunto com a equipa médica no local, optou por manter como "necessário o helitransporte de uma das vítimas”.

Embora nenhuma das vítimas corresse “risco de vida”, as suspeitas dos médicos tiveram o seu papel. Os profissionais desconfiaram que Paulo Sande poderia ter sofrido um “traumatismo craniano”. Já sobre  Pedro Santana Lopes, que após o acidente estava "consciente" e a comunicar com o pessoal médico, as suspeitas pendiam para um “traumatismo torácico”, algo que "pode ser muito grave” se não merecer a devida resposta atempada.

Outros dois técnicos do INEM que optaram por manter o anonimato, no entanto, referiram ao Notícias ao Minuto que esta não seria "situação para um transporte de helicóptero".  Por outro lado, um bombeiro - que também preferiu não ser identificado - explicou que o acionamento do helicóptero pode ser justificado pelo facto de haver “suspeitas de um trauma torácico derivado ao síndrome de esmagamento por ter estado encarcerado”.

Acidente trava mas não pára

Os planos do Aliança foram ontem abruptamente interrompidos.

Pedro Santana Lopes e Paulo Sande tinha estado nesta quarta-feira num workshop de tecnologias e profissões de futuro na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra. Quando rumaram a sul, contavam estar às 18h30 na conferência Eurotalks 'Portugal, a Europa e o Mar', no Museu Condes Castro Guimarães, em Cascais. O despiste, inevitavelmente, obrigou a mudanças.

Logo após o acidente, o Aliança deu conta da decisão de suspender a campanha temporariamente. Mais tarde, quando já era possível ter melhor noção do que se passavam o partido adiantou em comunicado que "a situação clínica de ambos é estável e favorável”. Ainda assim, a campanha continuaria suspensa, para que os dois políticos pudessem recuperar em condições. 

Já após a alta hospitalar, Paulo Sande falou aos jornalistas para garantir que "a campanha vai continuar".

"Amanhã de certeza que não faremos campanha, mas vamos continuar", assegurou, prometendo regressar "à estrada rapidamente. Tem que ser, a vida continua, há pouco tempo até às eleições - e o que interessa é discutir a Europa. Estas coisas acontecem a muita gente".

Por entre o debate político, a democracia também se faz pelo lado humano. Dos diferentes quadrantes políticos chegaram diversos desejos de "melhoras" às duas figuras de proa do Aliança. 

A campanha para as Europeias conta ainda com mais uma semana pela frente, antes de os portugueses se dirigirem às urnas, no próximo dia 26 de maio.

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