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"Objetivamente, o PS neste momento está em dificuldades"

Uma sondagem relativa a Abril mostra uma aproximação entre o PS e o PSD com uma descida dos socialistas e uma subida dos sociais-democratas. O resultado coincide com a polémica das nomeações de familiares no Governo, mas para Marques Mendes são também um sinal da "má gestão" do primeiro-ministro.

"Objetivamente, o PS neste momento está em dificuldades"
Notícias ao Minuto

22:39 - 14/04/19 por Sara Gouveia

Política Marques Mendes

A sondagem Aximage relativa a Abril dá conta de mais uma descida do PS e de uma subida do PSD, uma aproximação que coincide com a polémica das nomeações de familiares nos gabinetes do Governo e que, para Marques Mendes, é também um sinal dos "erros" de António Costa.

Luís Marques Mendes explica, no seu espaço de comentário na SIC Notícias, que as duas coisas estão certamente relacionadas porque, nesta sondagem é perguntado aos portugueses "se apreciam ou não apreciam esta questão das relações familiares dentro do Governo e 62% desaprovam e depois o PS tem um certo trambolhão nas intenções de voto e o PSD aproxima-se".

Para o social-democrata já se "nota de há algum tempo a esta parte que o PS está em queda" e, considera, que a responsabilidade é do primeiro-ministro, pois Marques Mendes não consegue entender "como é que uma pessoa com tanta habilidade política anda a cometer tantos erros, tantas falhas, que comprometem, de facto, politicamente e eleitoralmente o PS?". Porque, recorda, "são falhas no passado recente e são falhas no presente". 

"No passado foi uma má gestão política dos fogos, em 2017, aí começou a quebra, a má gestão política do dossier de Tancos, a má gestão política desta questão das famílias, a má gestão política da escolha do cabeça-de-lista ao Parlamento Europeu, que deixa a desejar, como toda a gente já reconheceu, o erro de valorizar as eleições europeias quando normalmente as europeias são uma dificuldade para quem está no Governo", elencou.

Como exemplo recordou ainda "este recuo, por exemplo, na questão das incompatibilidades dos advogados com os deputados", assumindo, no entanto, considerar "o recuo positivo".

"Prefiro esta solução à solução anterior, já o tinha dito, mas não deixa de ser um recuo no espaço de uma semana", atirou. Para o comentador, o primeiro-ministro, "diz uma coisa e o seu contrário. Tem um comportamento errático, parece que não é por convicção, mas, mais ou menos, por conveniência". "Tudo isto são erros", declarou.

Regressando à sondagem, recordou que há dois anos "o Partido Socialista tinha 21 pontos de diferença em relação ao PSD" e que "agora tem 7". Um afastamento que Marques Mendes considera que se deve "nuns casos a deslumbramento de poder, noutros casos é por arrogância, noutros por cansaço" e para o comentador "o primeiro-ministro anda muito cansado com as exigências da agenda internacional que tem, com a falta de um número dois no Governo, que muitas vezes o obriga a desdobrar-se em demasia".

"António Costa é um bocadinho aquele político que é capaz do 8 e do 80, do melhor e do pior. Há quatro anos destrona António José Seguro, grandes expetativas, a seguir perde as eleições com Passos Coelho. Logo a seguir às eleições faz a Geringonça, quase ninguém acreditava - talento -, agora de repente perde uma maioria absoluta que estava há um ano, praticamente, ao seu alcance", comparou.

"Objetivamente, o PS neste momento está em dificuldades", rematou.

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