Depois de PSD e CDS, também o PS pondera nova comissão de inquérito à CGD
O banco público volta a estar no centro das atenções depois de ter sido divulgada a versão preliminar da auditoria da EY à Caixa Geral de Depósitos.
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Política Auditoria
Depois de Rui Rio, líder do PSD, ter dito, na segunda-feira, que está a avaliar a criação de uma “nova comissão parlamentar de inquérito” para apurar o que se passou na Caixa Geral de Depósitos em termos de gestão, e de o CDS afinar pelo mesmo diapasão, o PS parece também ponderar essa possibilidade.
Pelo menos a ideia foi defendida hoje por João Paulo Correia, deputado do PS, que, no Fórum TSF, afirmou que “fará sentido” haver uma nova comissão de inquérito parlamentar ao banco público se se verificarem duas situações.
“Fará sentido [a comissão] se o relatório da auditoria, que está nas mãos da Procuradoria-Geral da República, for facultado ao Parlamento e se o diploma que o Parlamento recentemente aprovou for promulgado pelo Presidente da República”, explicou o socialista, acrescentando que só assim “estarão reunidas as condições bastantes para que o inquérito seja útil ao país e apure toda a verdade”.
O Notícias ao Minuto está a tentar entrar em contacto com João Paulo Correia, para obter mais esclarecimentos, mas até ao momento sem sucesso.
Entretanto, o próprio PS partilhou a posição veiculada pelo coordenador do partido na área das Finanças. "O deputado João Paulo Correia disse hoje, que se estiverem cumpridas algumas condições, o Partido Socialista deverá apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão da CGD que levaram às imparidades agora conhecidas de 1.200 milhões de euros”, pode ler-se na nota divulgada no site oficial, salvaguardando, porém: “Até à data não estão cumpridas (essas condições) e que são fundamentais para o inquérito apurar a verdade e seja útil ao país”.
Além do PSD, refira-se, também o CDS parece defender a realização de uma nova comissão de inquérito à CGD. Na abertura das jornadas parlamentares centristas, Nuno Magalhães garantiu que o partido se encontra disponível para usar “todo e qualquer instrumento parlamentar que seja útil e eficaz ao esclarecimento" neste caso.
Na origem destas declarações está uma auditoria da EY à Caixa Geral de Depósitos, relativa ao período entre 2000 e 2015 e com data de dezembro de 2017, que aponta “importantes insuficiências” organizacionais que levaram a determinadas decisões no que à concessão de crédito diz respeito. Aliás, a mesma auditoria detetou sete operações de concessão de crédito com risco grave ou elevado e perdas.
O mesmo documento refere ainda que os administradores do banco receberam “remuneração variável” pese embora os resultados negativos obtidos pelo banco público.
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