O secretário-geral do PSD garantiu ser um “homem honrado”, lembrando que tem “mais de 30 anos de vida pública”, ao longo dos quais “nunca ninguém” lhe apontou “qualquer irregularidade ou colocou em causa a [sua] honorabilidade”.
E, nesta senda, negou todas as acusações que lhe têm vindo a ser feitas e que dizem respeito à marcação de presenças feita por terceiros.
“Quero afirmar que não pedi a ninguém que registasse a minha presença no plenário da Assembleia da República. Legal e eticamente nada há a apontar. Não registei a minha presença, não mandei ninguém registar e não auferi qualquer vantagem monetária”, afirmou perentoriamente, lamentando que só após ter aceitado desempenhar o cargo de secretário-geral do PSD é que a sua “honorabilidade” foi “colocada em causa”.
Quanto à notícia de que a Procuradoria-Geral da República está a averiguar a possibilidade de abrir uma investigação sobre a marcação de “duas presenças no plenário da Assembleia da República”, José Silvano saúda tal iniciativa e garante que, se tal notícia não for verdade, ele próprio vai requerer às autoridades que investiguem a matéria em causa.
“Sou eu o primeiro a querer que tudo seja devida e rapidamente esclarecido. Eu próprio reclamo publicamente que a PGR abra, efetivamente, um processo de averiguações”, afirmou, defendendo rapidez e brevidade na investigação uma vez que "não é justo deixar permanecer as situações suspensas no tempo”, pois tal “representa a materialização de uma perversa condenação pública”.
Quanto à razão pela qual só agora se decidiu pronunciar sobre o tema, José Silvano explicou que não lhe passou pela cabeça que “este episódio chegasse ao patamar mediático que chegou, atingindo a [sua] dignidade”.